7TH SOPHIA JOURNAL INTERNATIONAL CONFERENCE LANDSCAPES OF CARE: THE EMERGENCE OF LANDSCAPES OF CARE IN UNSTABLE TERRITORIES

 
 
 

1. Armin Linke, Lake Assal, extraction of salt, Djibouti, Africa, 2012. Courtesy Armin Linke and Vistamare / Vistamarestudio, Pescara / Milano.
2.
Armin Linke, Kawah Ijen Volcano, Biau (Jawa Timur), Indonesia, 2016. Courtesy Armin Linke and Vistamare / Vistamarestudio, Pescara / Milano.

7TH SOPHIA JOURNAL INTERNATIONAL CONFERENCE LANDSCAPES OF CARE: THE EMERGENCE OF LANDSCAPES OF CARE IN UNSTABLE TERRITORIES

28th of SEPTEMBER 2022
Auditório Fernando Távora – FAUP

PT/ENG

On the 28th of September 2022, the 7th Sophia Journal International Conference  Landscapes of Care: the emergence of landscapes of care in unstable territories will take place in Auditorium Fernando Távora, FAUP. 

The live conference and the videoconferences program will be broadcasted live online, encompassing: a series of videoconferences and; roundtables.

The objective of this event is to promote the reflection and debate on the universes of Architecture, Art and Image, addressing various issues transversal to the worlds of Photography and Architecture, exploring how the image can be a means to cross borders and shift boundaries between different disciplinary areas. 

7th Sophia Journal International Conference

Landscapes of Care: the emergence of landscapes of care in unstable territories 

For this 7th Sophia Journal International Conference  Landscapes of Care: the emergence of landscapes of care in unstable territories we focused on the emergence of landscapes of care in unstable territories. These territories may be, but are not exclusive to: the desert, the icy lands, the rainy forests; territories within uncertain boundaries, e.g. between land and water; territories inhabited by native communities; territories that dramatically alter their configuration due to extreme weather conditions and scarce resources, or which natural resources are violently exploited and violated. Such territories hold vital information about patterns of resistance, flexibility, transformation and metamorphosis, enlightening the problems of vulnerability and resilience in the unforeseen future while opening up new perspectives of design, including new ways of poetically inhabiting the world as a place of encounter between species (following Haraway’s motto “staying with the trouble” and Guattari’s demand: “We need new social and aesthetic practices, new practices of the Self in relation to the other, to the foreign, the stranger”), protecting the ecosystems and understanding architecture, more than the distribution of spaces, as the distribution of the sensible.

TEAM

EXECUTIVE COMMITEE
Pedro Leão Neto (FAUP)
Susana Ventura (FAUP / CEAU)
Andreia Alves de Oliveira (Independent / PhD)

PROGRAMMING
Susana Ventura
Andreia Alves de Oliveira

INVITED AUTHORS / KEYNOTE SPEAKERS
Elsa Brés

ORGANIZATION AND PRODUCTION
Diana Senra
Sara Lino

COMMUNICATION
FAUP / CEAU and Sophia Journal / scopio Editions

DATE
28 September 2022 | FAUP

PLACE
The Conference will be held simultaneously in person and online at FAUP - Auditório Fernando Távora


SCOPIO EDITIONS: OFFICIAL PUBLISHER OF THE CONFERENCE LANDSCAPES OF CARE: THE EMERGENCE OF LANDSCAPES OF CARE IN UNSTABLE TERRITORIES 
The former editions of these international conferences proved to be an important forum for debate and reflection about Architecture, Art and Image, namely Photography on Architecture, whose work can be accessed freely through sophia journal platform and in book format at FAUP’s library, also being sold in many bookshops as AEFAUP and others alike, as well in scopio network bookstore.
The upcoming 7th edition of Sophia Journal International Conference Landscapes of Care: the emergence of landscapes of care in unstable territories intends to yield a significant collection of diverse Texts and Visual Essays, in order to offer a rich reflection through different perspectives addressing contemporary photography and visual practices that focus on how architecture understood in a wide sense can help to heal a broken planet.

 

Ciclo AAI - Conferências, Debate e Aulas abertas - ”Interstícios Urbanos e Estruturas Ficcionais nos Desenhos de Ana Aragão”

 
 

Ciclo AAI - Conferências, Debate e Aulas abertas
”Interstícios Urbanos e Estruturas Ficcionais nos Desenhos de Ana Aragão”

Convidados: Ana Aragão (Artista)

Apoio institucional da U. Porto / FAUP / FBAUP / CETAPS

16 de Março | 15h00 - 17h00 | (quarta-feira) - Auditório da Biblioteca - FAUP 

Irá realizar-se no Auditório da Biblioteca da FAUP no dia 16 de Março, pelas 15:00, mais uma sessão do ciclo de Conferências, Debates e Aulas abertas Arquitectura, Arte e Imagem (AAI), com a moderação de Pedro Leão Neto e aberta a toda a comunidade académica da U. Porto, com especial enfoque para os alunos das unidades curriculares de Fotografia de Arquitectura, Cidade e Território (FACT) do 2º Ciclo e de Comunicação de Projeto de Arquitectura (CAAD I e II) do 1º Ciclo da FAUP. 

Esta sessão terá como convidada a Arquiteta e Artista Plástica Ana Aragão que irá propor uma viagem em volta dos seus projetos sobre cidades e arquiteturas imaginárias, bem como dos seus processos de trabalho, memórias, histórias e outras temáticas relacionadas com os seus projetos artístico e a investigação que realiza acerca da representação do espaço urbano e arquitetura. 

 Teremos assim a oportunidade de ouvir, em primeira mão, a autora falar sobre alguns dos seus trabalhos e perceber como através do desenho cria cidades e arquiteturas imaginárias que nos podem levar a indagar de forma crítica e poética a arquitetura e o espaço urbano da contemporaneidade. No desenhos de Ana Aragão coabitam o passado e o presente através de diversos não-lugares e outros espaços utópicos e distópicos, bem como das suas arquiteturas inventadas, espaços de abandono, ruína ou de uma riqueza multifacetada, onde diversas geografias complexas de múltiplos signos, escalas e sentido se combinam. 

Através da realização destas conferências / debates pretende-se contribuir para a criação de um espaço de exploração, debate e reflexão de ideias em torno de novos caminhos de investigação sobre o espaço público, com um enfoque em dinâmicas emergentes de transformação urbana e a utilização da imagem com especial incidência pela fotografia como instrumentos de pesquisa e comunicação. Estas sessões públicas, abertas a todos os alunos da U. Porto, permitem que diversos fotógrafos ou autores possam expor e explicar os seus trabalhos de fotografia, com especial incidência nos que exploram de forma significativa as temáticas de espaço / arquitetura e da fotografia como um instrumento de indagação do real, como documento e ficção. 

 

Estas sessões são públicas e abertas à sociedade civil, bem como à comunidade académica, nomeadamente a todos os alunos da U. Porto, permitindo que diversos autores possam falar dos seus projecto, com especial incidência nas temáticas de fotografia e arquitectura que são de grande interesse para o projeto CONTRAST - rede alargada de instituições de ensino superior ligadas à formação em fotografia que tem como principal objectivo promover o pensamento, o debate e a divulgação de atividades relacionadas com esta prática -, bem como do projeto de investigação Visual Spaces of Change (VSC), AAC n.º 02/SAICT/2017 (refª POCI-01-0145 - FEDER - 030605), co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, I. P.). 

 

Estas sessões são abertas a toda a comunidade académica e a entrada é gratuita. 

 

Enquadramento 

A organização destas conferências / debates é da responsabilidade da organização do grupo de investigação Arquitetura, Arte e Imagem (AAI / CEAU / FAUP) e o Laboratório de Arquitectura, Arte, Imagem e Inovação (AAi2 Lab), no âmbito do projecto VSC e Contrast. 

O objectivo geral destas actividades tem sido o de promover uma ampla reflexão sobre o contributo das imagens na compreensão da realidade e na construção de imaginários, entre o documento e a ficção, entre a reprodução e a manipulação, entre o analógico e o digital. Estas actividades têm vindo a integrar diversas acções ligadas ao universo da imagem contemporânea, mais especificamente à fotografia, permitindo também a participação de grupos e cidadãos exteriores à academia, abrindo desta forma as universidades à sociedade civil e a outras instituições. 
No universo da Imagem, a Fotografia é objecto de particular interesse, sendo explorada e analisada de forma crítica como um instrumento de registo e investigação numa perspectiva Inquisitiva, Curatorial e Comunicativa. O espaço privilegiado para esse registo e investigação fotográfica é o da Arquitectura, entendida como um universo amplo que integra simultaneamente os níveis macro e micro da transformação do Território e da Cidade e as suas múltiplas Vivências.  

Com o apoio institucional da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), da Reitoria da U. Porto e da scopio Editions, este 2º Ciclo de debates AAI – Arquitectura, Arte e Imagem estará muito ligado à exploração da fotografia como instrumento de reflexão sobre a transformação do espaço público.  
 
Biografias 

 
Ana Aragão 

Ana Aragão (Porto, 1984) é arquitecta formada na Faculdade na Faculdade de Arquitectura do Porto (FAUP, 2009). Bolseira da FCT, frequentou o Doutoramento no Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra (2011-2014, não concluído). Com atelier no Porto desde 2012, dedica-se exclusivamente ao desenho, explorando o tema imaginários urbanos e “arquitecturas de papel”. Alguns dos seus recentes projectos incluem a participação na representação portuguesa na Bienal de Veneza de 2014 (Projecto “Homeland”), de 2021 (Pavilhão Italiano), a sua selecção pela Luerzer's Archive como uma das "200 Best Illustrators Worldwilde” (2014), colaborações com a ARTWORKS, Tapeçarias Ferreira de Sá, Centro Cultural de Belém, Casa da Memória de Guimarães, entre outras. Algumas das suas exposições individuais recentes são “FUTURE FRAMES” (Jofebar, Matosinhos, 2016), “Imaginary Beings” (Macau, 2017) “Vertical Reclamation of Individual Spaces” (residência artística e exposição individual, Macau, 2019; A’parte Galeria, Porto, 2019), “Como decorar um poema” (Fundação Altice, Porto, 2018), “S.M.L.X.L” (Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, 2019), “Galeria X” (Reitoria da Universidade do Porto, 2020, Porto), "No Plan for Japan” (Museu do Oriente, Lisboa, 2021, até 13 de Fevereiro de 2022). Tem obras nas colecções do CCB, Fundação Oriente Macau e Fundação do Oriente Portugal.   
 

Pedro Leão Neto 

Investigador e professor na FAUP desde 2007 nas áreas da Comunicação de Projeto de Arquitetura e Fotografia, sendo coordenador do grupo de investigação Arquitectura, Arte e Imagem (AAI), director da associação cultural Cityscopio e fundador e coordenador editorial da scopio Editions.  

Foi curador de várias exposições de fotografia de arquitectura em Portugal e no estrangeiro, e responsável pela organização de cursos, debates e seminários internacionais em torno do universo da Arquitectura, Arte e Imagem, e é Editor-in-chief da publicação Sophia Journal, uma revista indexada e centrada no universo AAI. É autor e editor de mais de 30 livros e Investigador Principal (PR) do projeto de investigação VSC "Espaços Visuais da Mudança" financiado pela agência pública portuguesa - FCT. 

LEÇA DA PALMEIRA LIGHTHOUSE: EXTERIOR

 

LEÇA DA PALMEIRA LIGHTHOUSE: EXTERIOR

BY MARTA FERREIRA


Marta Ferreira’s photography project Leça da Palmeira lighthouse adopted a documentary photography methodology that took the lighthouse as its subject and artistic matter, moving away from traditional main stream photography reportage. We are presented with a visual narrative incorporating a subjective point of view, a ‘personal report’ that makes us aware of the significant relation between this architecture and the context where it is built and how this liaison creates a unique place.

 

The photography project explores Leça da Palmeira lighthouse through a promenade architecturale[1] that allows us to experience the formal characteristics of the lighthouse-complex, as well as its interior and exterior spaces and surroundings in a novel way. It is a journey that involves movement and displacement, something that moves away from the characteristics of the fixed image - photography -, coming much closer to cinema, art capable of representing a space in a time and movement closer to reality. Marta constructs this journey organizing the space in an integrated and imaginative way that not only allows for the viewer to consider a new reading and spatial consciousness of that place, but also unifies the spaces of the edifice and its relation with the surroundings, taking advantage of the potential of a fixed point of view, i.e. the location, direction and sense of the photographer's eye when creating the photographic image. Marta´s vantage points are the result of a careful selection that delimits what is shown and what remains invisible, and in this way each of her images helps to build a direction, a differentiated gaze towards the Leça lighthouse-complex and the whole series of images build a path, even if predetermined and more abstract than a set of moving images.

 

Marta´s photographic project comprises diverse visual sequences, which take us, along the pages, through an interesting journey made up of a perceptive and poetic chain. The visual narrative reveals the lighthouse architecture in different ways exploring significantly the edifice´s perceptive experience, where the natural light is captured in a way that allows sensing the atmosphere of the lighthouse[2] and thus serves to awaken our imagination and emotion for the edifice and that place.

 

It starts with an impressive bird eye view towards the north, from the lighthouse most upper level, and continues the promenade with diverse images from ground view, sometimes in diptychs, other times alone in the page, where it is possible to understand the richness of the different relations that the lighthouse establishes with the sea, the rocks, and the other buildings that surround it, including Álvaro Siza´s Tea house. Then, the photography series goes on through an incredible sea trip with the Coast Guards team and Fleet Captain Rui Pedro Lampreia, which allowed to perceive the lighthouse when you approach it from the sea, as well as to observe the cost line and how it has been transformed, capturing unique perspectives just possible to make from the sea, as is for example the set of chiminea’s of the oil complex of Leça da Palmeira.

 

Also, the contour and the poetics of some of the photographs are also quite revelatory of the multifaceted richness of the lighthouse-complex, with different spaces of work and the strong relation with the natural context of the edifice. Note how the images of the four last spreads are able to masterfully communicate the interplay of the rocks with some parts of the building, as well as the unique places from where you can perceive the sea and its horizon and the geometric lines and opening interplay of the lighthouse building.

 

[1] What is of interest here is the notion proposed by Flora Samuel when she defines promenade architecturale as being simultaneously an experimentation of the space in movement while we walk about the building and a network of ideas (that sustain the work of architecture). See Flora Samuel, Le Corbusier and The Architectural Promenade, Birkhäuser Architecture, 2010.

[2]. “”There is always more to a photograph than the picture. It conveys because of our fantastic sense of imagination [sic].” Pallasmaa’s argument for the sort of poetic image discussed by Gaston Bachelard strikes a chord: all spaces have an atmosphere, so presumably do all photographs.” in Marc Goodwin, “A Hinge: Field-testing the relationship between photography and architecture”. https://www.researchcatalogue.net/view/30884/32382.

 

LEÇA DA PALMEIRA LIGHTHOUSE: INTERIOR

 

LEÇA DA PALMEIRA LIGHTHOUSE: INTERIOR

BY MARTA FERREIRA


Marta Ferreira’s photography project Leça da Palmeira lighthouse adopted a documentary photography methodology that took the lighthouse as its subject and artistic matter, moving away from traditional main stream photography reportage. We are presented with a visual narrative incorporating a subjective point of view, a ‘personal report’ that makes us aware of the significant relation between this architecture and the context where it is built and how this liaison creates a unique place.

 

The photography project explores Leça da Palmeira lighthouse through a promenade architecturale[1] that allows us to experience the formal characteristics of the lighthouse-complex, as well as its interior and exterior spaces and surroundings in a novel way. It is a journey that involves movement and displacement, something that moves away from the characteristics of the fixed image - photography -, coming much closer to cinema, art capable of representing a space in a time and movement closer to reality. Marta constructs this journey organizing the space in an integrated and imaginative way that not only allows for the viewer to consider a new reading and spatial consciousness of that place, but also unifies the spaces of the edifice and its relation with the surroundings, taking advantage of the potential of a fixed point of view, i.e. the location, direction and sense of the photographer's eye when creating the photographic image. Marta´s vantage points are the result of a careful selection that delimits what is shown and what remains invisible, and in this way each of her images helps to build a direction, a differentiated gaze towards the Leça lighthouse-complex and the whole series of images build a path, even if predetermined and more abstract than a set of moving images.

 

Marta´s photographic project comprises diverse visual sequences, which take us, along the pages, through an interesting journey made up of a perceptive and poetic chain. The visual narrative reveals the lighthouse architecture in different ways exploring significantly the edifice´s perceptive experience, where the natural light is captured in a way that allows sensing the atmosphere of the lighthouse[2] and thus serves to awaken our imagination and emotion for the edifice and that place.

 

It starts with an impressive bird eye view towards the north, from the lighthouse most upper level, and continues the promenade with diverse images from ground view, sometimes in diptychs, other times alone in the page, where it is possible to understand the richness of the different relations that the lighthouse establishes with the sea, the rocks, and the other buildings that surround it, including Álvaro Siza´s Tea house. Then, the photography series goes on through an incredible sea trip with the Coast Guards team and Fleet Captain Rui Pedro Lampreia, which allowed to perceive the lighthouse when you approach it from the sea, as well as to observe the cost line and how it has been transformed, capturing unique perspectives just possible to make from the sea, as is for example the set of chiminea’s of the oil complex of Leça da Palmeira.

 

Also, the contour and the poetics of some of the photographs are also quite revelatory of the multifaceted richness of the lighthouse-complex, with different spaces of work and the strong relation with the natural context of the edifice. Note how the images of the four last spreads are able to masterfully communicate the interplay of the rocks with some parts of the building, as well as the unique places from where you can perceive the sea and its horizon and the geometric lines and opening interplay of the lighthouse building.

 

[1] What is of interest here is the notion proposed by Flora Samuel when she defines promenade architecturale as being simultaneously an experimentation of the space in movement while we walk about the building and a network of ideas (that sustain the work of architecture). See Flora Samuel, Le Corbusier and The Architectural Promenade, Birkhäuser Architecture, 2010.

[2]. “”There is always more to a photograph than the picture. It conveys because of our fantastic sense of imagination [sic].” Pallasmaa’s argument for the sort of poetic image discussed by Gaston Bachelard strikes a chord: all spaces have an atmosphere, so presumably do all photographs.” in Marc Goodwin, “A Hinge: Field-testing the relationship between photography and architecture”. https://www.researchcatalogue.net/view/30884/32382.

 

THREE LIGHTHOUSES IN FOZ DO DOURO

 

THREE LIGHTHOUSES IN FOZ DO DOURO

BY JORGE MARUM


This series tries to represent a possible narrative about the North, South and Felgueiras lighthouses and the public space surrounding them. I understand these 3 lighthouses not only as an equipment/infrastructure to support navigation delimited by enclosed space, but also as equipment that are architectural objects in the sense that they integrate public space and promote social activity. They are navigation and coastal protection infrastructures, but at the same time, the piers are also public space. The narrative tries to represent 3 different urban realities in articulation: the lighthouses, the piers and the human appropriation (terrestrial and maritime).

 

ALMA

 

ALMA

BY EDU SILVA


This visual narrative isn’t another epic tale about the portuguese coastline and its heroic seamen. Those days are long gone as well as those seamen, whom are either dead or dying. Globalization and the European Union came, saw, and conquered it all. Fishing boats were dismantled and strict fishing quotas were imposed, while at the same time a massive multiplatform campaign promoting tourism in Portugal began to be implemented and disseminated, both on a nacional and international scale. And while tourism is now a booming sector in this country, labors such as fishing or sargassum harvesting are becoming dying arts. These new dynamics altered the fabric of the social landscape of the portuguese coastline, changing the morphology of this territory not only in the physical sense, but also gradually turned a once great nation of seamen into a fleet of waiters and nondescript caretakers willing to tend to the needs of the tourists (foreign and domestic alike). 


The truth of the matter is that in this admirable and innocuous new world, there is no place for heroes and danger anymore. All that’s left are the old tales about the portuguese coastline, stories that still make us daydream about a place that once was the starting point to adventure. 
Indeed, this is a difficult conjuncture to make a living off the sea. But there are still a few people who are bold enough to resist the tides of change and dare to fight for their right to live yet another day in this fabled place. 


This visual essay is dedicated to the last inhabitants of the late and once great portuguese coastline.

 

BAIRRO DA BOUÇA: INTERIORITY AND SPACE

 

BAIRRO DA BOUÇA: INTERIORITY AND SPACE

BY SARA LINO


For this photography project several authors and their work were studied and many of these creators were considered fascinating to delve in. The theoretical work was divided in two main chapters: photographic and literary / theoretical references. In both I studied Portuguese and foreign authors. When it came to photography, my main references awere Hélène Binet, Stephen Shore, Gabriele Basilico, Duane Michals e Paulo Catrica. Others are Ed Ruscha, Ezra Stoller, Julius Shulman, Richard Pare, Ines D’orey, André Cepeda and Luís Barbosa.

 

Hélène Binet, in her works, unequivocally, represents the modern movement in photography. Her projects became great sources of inspiration for the images I later produced. Through light and shapes, her poetic images challenge our eyes. The aesthetic of her works, the way she represents spaces, and seeing her images, motivated me very much and I believe it is possible to sense how her aesthetics influenced my work. “ As a photographer you are confronted with a dilemma: what is the soul of the room? The architectural identity of the room or the phenomenon created by the window and the room and their interaction?”20 Other than that, her projects inspired me to experiment with black and white as she manifests that black and white is capable of turning an image into much more, unfolding and communicating other dimensions of space.

 

A VISUAL APPROACH TO THE ARCHITECTURAL SPACE

 

A VISUAL APPROACH TO THE ARCHITECTURAL SPACE

BY JOÃO PAULOS


The objective of this work is to develop a case study in which one tries to apply what has been studied in this thesis through a photographic project on two stations in the Metro do Porto network. Based on a space research exercise, the intention is to conclude the registration process, using photography, of these metro station spaces, usually transit spaces, or short stays. It is intended, with these captures, to account for the different dynamics of these spaces, as well as the various types of appropriation that, given the different locations, happen in each one of them.


The city is constantly evolving, constantly moving. It is made of it. Flows, diverse audiences and speed. The metropolitan system further emphasizes and highlights these characteristics. With the introduction of this transport network throughout the city, it is also necessary to build several spaces - public - that come to change and / or create new ways of being in the city. “The metropolitan, for example: instead of 'burying' it alive, we can give such a character to a station that its shape suggests the nature of the city that exists above it; (...) ”. The Porto metro is mostly characterized by surface stations, which implies an even more careful and thoughtful urbanization plan, so that the city can continue its growth and evolution, without barriers, without limits.


This series of photographs presented below intends to show, not only the public spaces that this network introduced in the city's network, but also to account for the appropriation, the rituals, the life that exists in these spaces. In fact, these records will portray the shape of the work, but mainly they will portray the way these spaces are appropriate. Supported “in the architectures” that were developed there, life in these spaces allows itself to be infected by its surrounding and later work erected there, and vice versa. “It is possible to outline a path in such a way that the flow itself becomes sensorially evident: divisions, narrowing, ramps and curves would allow a kind of contemplation of the traffic by itself. All of these techniques are intended to increase the visual range of those who travel. ”Architecture, too, is contaminated by these rituals, and often overcome by them. People take ownership of these spaces that were designed for them, but often not in the way that architects designed. In addition, the place where this architecture is inserted comes to influence these modes of appropriation, that is, depending on their urban positioning, users will have a tendency to experience these places in different ways, resulting in different stories.

 

To give shape to this story, we chose to choose the stations of Verdes, in Moreira da Maia, and of General Torres, in Vila Nova de Gaia. The choice of these two structures is mainly due to the great differences they reveal in relation to their urban insertion. Although the two stations formally present themselves in a very similar way, through a typology of architecture that is repeated by the various surface stations of the metro network, the two end up being understood in a completely different way. The Verdes station is located on the outskirts of the city of Porto, next to the airport and in an industrial area, however, its surroundings are predominantly green and rural. General Torres is located in the center of Vila Nova de Gaia, on its main avenue, supported by the railway station of the same name, bounded by roadways and residential and commercial buildings. This means that, each one of them, given the flows and the structures that surround them, end up also having different courses, paths and passengers.


This sequence of photographs is intended to set up a visual narrative that supports what was portrayed, both in this document and in the work of the two photographers in study. Now, we intend to expose a visual report, capable of disseminating the experiences that occur in these very different places, immersing the viewer in a trip through these metro stations, stimulating his critical sense towards the represented architecture, and inducing him at a time of introspection about your reality. The narrative, which follows, is based on the following points: the appropriation of space by its users; the similarities, but at the same time appear as differences, between the two seasons; the same type of architecture used in two different contexts and an exploratory and artistic look at Porto's metro stations, through views and a visual strategy that refers to exactly this confrontation between the periphery and the center and that is reflected in the architecture of these spaces.

 

Topophilia

 

TOPOPHILIA

BY PETER BRAUNHOLZ


This project is about poetry of space, found in rural regions all over of the European continent. From 2015 to 2018 Peter Braunholz worked in all european countries and traveled from village to village, more than 20,000 miles in total. The displayed images are from Spain, Germany, Norway, Sweden, France, Portugal and Italy.

 There are no people in the photographs, yet immanent in all of them is a sense of human presence. As we compare these images, we feel that the series also questions how people live all over Europe, how people from different regions take possession and comprehend spaces differently, and how culture transforms spaces in the way the economic and cultural logic drives our lives.

 The work is also related to Arthur Danto´s idea of art as "The Transfiguration of the Commonplace" (Harvard University Press, 1981). Peter Braunholz has chosen common small town spaces away from traffic routes as the motifs for his work. He puts the focus not only on their material, but also on their immaterial quality. Therefore his work serves as an example for Danto’s ideas that art gives obvious things an oddness – it defamiliarises – and artworks have immaterial as well as material constituents.

 You will find more images from the series and of Peter Braunholz's work on his website. The series contains 70 selected photographs in total. A greater selection has been published in the monographic book "Photographic Realities" by Kehrer Publishing, Germany.

SHORT BIOGRAPHY

 Peter Braunholz (b. 1963) is a photographic artist based in Frankfurt, Germany. His work has received numerous international awards and has been shown worldwide. Today he focuses on the volatile and often model-like identity of common space.



 

LINKS


http://www.peterbraunholz.de
https://www.instagram.com/peter.braunholz/

 

Exposição | Fendas Intemporais | Lançamento da Scopionewspaper # 6

 
 

Fendas Intemporais | Lançamento da Scopionewspaper # 6 ”Exposição de Artur Leão e Jiôn Kiim”

No dia 09 de dezembro 2021 ao dia 16 de dezembro 2021, decorreu a exposição ‘Fendas Intemporais’ de Artur Leão e Jiôn Kiim com curadoria de Miguel Leal, que surge no âmbito da colaboração entre o i2ADS(FBAUP e a Scopio CEAU/FAUP. A abertura da exposição no dia 09 de dezembro foi também pretexto para o lançamento da Scopionewspaper # 6.

Os conteúdos da exposição estão online na plataforma VSC e a experiência expositiva está registada puramente para efeitos de investigação, sendo objeto de análise no contexto do projeto de investigação VSC em curso.

Este projecto é desenvolvido pelo grupo de investigação Arquitectura, Arte e Imagem (AAI) do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAU) da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) e pelo laboratório Lab2PT (Escola de Arquitectura) e pelo Centro ALGORITMI (Escola Superior de Engenharia) da Universidade do Minho

Consulte aqui Scopionewspaper # 6 de maio de 2021 

Nesta exposição, escolheu-se não uma revisitação direta do projeto fotográfico publicado, mas antes a criação de uma nova situação adaptada ao espaço e ao contexto. Numa montagem simétrica, ao cimo das escadas, abrem-se duas portas para um mundo em ruínas, como que invertendo a relação entre interior e exterior, entre construção e ruína. No meio, em suspensão um cristal colorido e luminoso anuncia outros fantasmas que pairam nesses lugares fora do lugar.

A publicação está à venda na Livraria do i2ADS. 

Artur Leão

Concluiu o Mestrado em Artes Visuais. Práticas Artísticas e Investigação na Escola Superior Artística do Porto (ESAP). Integrou as exposições "Do Not Touch Fresh Paint"! (2018) no Espaço MIRA; e "Playlist #25" (2018), um projeto curatorial de Nuno Ramalho no Café Candelabro. O projeto "Fendas Intemporais" foi seleccionado para ser exibido na Estação de Metro dos Aliados no contexto da "Bienal de Fotografia do Porto, 2019" integrado no projecto de investigação "Visual Spaces of Change". É cofundador do projeto musical "Benthik Zone" e segue uma estratégia artística que implica viajar por territórios imaginários de um futuro distante e, noutras ocasiões, por instâncias e momentos do passado explorando vários materiais e meios. Atualmente, utiliza a fotografia, o desenho e a poesia como meio privilegiado de expressão para documentar e redescobrir o mundo, concentrando-se mais em temas como a metamorfose dentro do universo da mitologia clássica.

Jiôn Kiim

(Busan, Coreia) vive e trabalha no Porto. Possui um Diploma em Belas Artes do HfBK Dresden e um BFA em Desenho Industrial da Hongik Univ. em Seul. A sua prática é transdisciplinar e engloba vários meios de comunicação, sendo o desenho o instrumento nuclear, esta resulta da junção das suas experiências de vida contemporânea com fenómenos sociopolíticos. Em 2017-2018, colaborou com a scopio Editions e desenvolveu uma pesquisa fotográfica nos projetos "Terrain Vague; post-Fordist society" e "Fendas Intemporais". O seu trabalho tem surgido em locais e publicações como On The Surface: photography conference | MAAT(Lisboa), Ci.CLO Bienal 19, Anuário '20 | Galeria Municipal do Porto/ aSede, Galeria Dentro e Palacete Pinto Leite (Porto), Revista Dose #6, Centro de Memória (Vila do Conde), Salão Sophie Charlotte (Berlim), GnRation (Braga), ZAWP (Bilbao), Art Space O (Seul), Motorenhalle, Ex14 e Oktogon (Dresden), entre outros.

Miguel Leal

Vive e trabalha no Porto. Artista Plástico e professor na Faculdade de Belas Artes do Porto (FBAUP). Membro integrado do i2ADS, colabora há vários anos com os projetos da Scopio. Mais info: http://ml.virose.pt

Visual Spaces of Change 
Visual Spaces of Change propõe uma estratégia de comunicação visual baseada no desenvolvimento de projetos de fotografia contemporânea que reflitam sobre as diferentes dinâmicas de mudança urbana para abrir novos horizontes de intervenção pública no espaço público. Estes projetos são concebidos como “narrativas visuais” destas dinâmicas, interferindo intencionalmente com o território metropolitano numa representação auto-reflexiva do seu próprio processo de mudança, reduzindo a distância entre os objetos de investigação (paisagens, lugares, espaços públicos e coletivos) e as suas representações.

Visual Spaces of Change - VSC


© Chloé Darmon e Diana Senra.

NOVA COLEÇÃO DE PEQUENOS LIVROS (LITTLE BOOKS) - ARQUITETURA, ARTE E UTOPIA - U. PORTO ALUMNI LITTLE BOOKS

 
 
 

NOVA COLEÇÃO DE PEQUENOS LIVROS (LITTLE BOOKS) - ARQUITETURA, ARTE E UTOPIA - U. PORTO ALUMNI LITTLE BOOKS
A SER LANÇADA BREVEMENTE

UMA INICIATIVA CONJUNTA DO GRUPO AAI / CEAU / FAUP COM CETAPS / FLUP COM CHANCELA U. PORTO PRESS e SCOPIO EDITIONS

PT/ENG

Com base nas dissertações dos estudantes finalistas, foi criada uma nova colecção de pequenos livros de Arquitectura, Arte e Utopia - U. PORTO Alumni Little Books - que tem o apoio da U.Porto Press associada à Scopio Editions. O objectivo é o de publicar pequenos livros (book zines) provenientes do trabalho de dissertação dos alunos finalistas das Faculdades da U. Porto, seleccionados pela qualidade desse trabalho e proximidade dos temas abordados em relação às áreas de Arquitectura, Arte e Utopia.

A colecção é uma iniciativa conjunta do grupo de investigação Arquitectura, Arte e Imagem (AAI) integrado no Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo (CEAU) da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) e do Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (CETAPS/FLUP). Constituída por publicações Little Books com um formato especificamente concebido para o efeito, a coleção está estruturada através dos temas de interesse de cada uma das obras relacionadas com Arquitectura, Arte e Utopia, tendo como base a selecção dos trabalhos finais do Mestrado escolhidas anualmente e editadas de acordo com o novo layout da colecção.

As obras serão colocadas nas bibliotecas das Faculdades, num local específico para esta colecção. Estas publicações serão, uma vez terminadas, o mote para promover múltiplos actos de reflexão, que podem provir de várias iniciativas como palestras e debates em torno dos temas desenvolvidos e ligados a estratégias pedagógicas integradoras, estimulando / promovendo a iniciação da investigação dos estudantes que terminam o 2º ciclo de estudos.

A colecção começa com os seguintes quatro Little Books de Antigos Alunos:

Chloé Darmon
MULHERES NO ESPAÇO PÚBLICO | ARQUIVO, FOTOGRAFIA E IMAGEM

Diana Aires Senra
HETEROTOPIAS VISUAIS | O REVELAR DO RIZOMA URBANO

Pedro Gonçalves de Barros
MEMÓRIA | TERRITÓRIO | DESENHO

Raquel Lagoa
FRAGMENTOS DE CIDADE | IMAGENS DE ARQUITETURA

 

Aluna finalista da FAUP e colaboradora da Scopio Editions é premiada em concurso internacional de fotografia

 
 

© Chloé Darmon

 

Aluna finalista da FAUP e colaboradora da Scopio Editions é premiada em concurso internacional de fotografia

No dia 25 de Novembro 2021, no dia internacional da eliminação da violência contra as mulheres, Chloé Darmon, a aluna finalista da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) e colaboradora da Scopio Editions, foi premiada na segunda edição do concurso internacional de fotografia "Nuestras Arquitectas", organizado por várias entidades argentinas e espanholas.

Este concurso tem como objetivo "ajudar à visibilização e ao reconhecimento dos contributos das arquitectas com o fim de difundir e socializar as obras arquitectónicas realizadas por mulheres em nossa sociedade." Composto por 4 categorias : Pioneiras; Consagradas; Revelações; Arquitetas em acção!. O Grande Prémio; e por fim o Prémio do Público, novidade desta segunda edição.

O júri atribuiu o primeiro prémio do público e uma menção honrosa na categoria pioneiras a Chloé Darmon com a fotografia do projeto da Torre-Miradouro (1969), da arquiteta pioneira Maria José Marques da Silva, primeira mulher a diplomar-se no Curso de Arquitectura na Escola de Belas Artes do Porto em 1943 e do arquiteto David Moreira da Silva.

Mais informações em : https://nuestrasarquitectas.wordpress.com/2021/10/26/concurso-de-fotografia-nuestras-arquitectas-2021/

 
 

Visual Spaces of Change (VSC) in 21st Conference of the Utopian Studies Society Europe

 
 
 

Visual Spaces of Change (VSC) in 21st Conference of the Utopian Studies Society Europe

Nos dias 10 a 12 de dezembro, o projeto Visual Spaces of Change (VSC) teve espaço na “21st Conference of the Utopian Studies Society Europe: Utopian Possibilities: Knowledge, Happiness and Wellbeing”. Esta Conferência parte da convicção de que este é um ponto de viragem para os Estudos Utópicos: O seu formato online é um sinal dos tempos, bem como uma oportunidade para aumentar a consciência global e estimular o pensamento colectivo sobre problemáticas. A pandemia da COVID-19 dizimou milhões de vidas, causou a ruptura económica e social de sociedades já em crise, e teve um impacto global na subsistência e bem-estar das pessoas. Este é o momento para mostrar que o único futuro que vamos ter é aquele que somos capazes de imaginar.

No contexto da Conferência, o projeto Visual Spaces of Change (VSC) visa explorar como a fotografia é um meio que pode alinhar a prática artística e a investigação académica, ao mesmo tempo que se posiciona de forma crítica perante os universos em questão. A estratégia proposta para promover esta abordagem pretende explorar o potencial da imagem fotográfica como um instrumento crítico e inquisitivo utilizado para reforçar e expandir as capacidades de comunicação e interacção entre agentes envolvidos em processos criativos, culturais e artísticos.

Assim, as actividades propostas através das exposições do VSC estão orientadas para uma compreensão dos processos de inter-relações entre Arquitectura, Arte e Imagem, identificando os pontos de articulação das dimensões éticas e estéticas destes universos. O objectivo é alargar o debate em torno dos temas transversais do VSC

O debate na presente Conferência teve lugar a partir de diversos painéis em que participaram docentes, investigadores e estudantes de diferentes países e instituições, permeando por diversas disciplinas e problemáticas, tendo como fio condutor o tema central Utopia. Foi proposta uma mesa para o Visual Spaces of Change mediada pelo professor dr. Pedro Leão Neto, e representada por três projetos:


Visual Spaces of Change: Utopia (Closed Panel).

Chair: Pedro Leão Neto


Diana Senra
Visual Heterotopias: The Revealing of the Urban Rhizome

Pedro Gonçalves

Memory, Territory, Drawing: The Idea of Utopia around the Transformation of Landscape

Raquel Lagoa

The Sky Reflects the City So the Utopia is Born

 
 

Rita Magazine | CALL FOR PAPERS 26 / 11 / 2021 - 26 / 01 / 2022

 

RITA - Indexed journal has opened the call for papers 26 / 11 / 2021 - 26 / 01 / 2022

In the following note all the information you need to apply for your articles:

Deadline 26 of January 2022

WHO CAN SUBMIT TEXTS FOR PUBLICATION IN rita_?

The open call allows texts in Spanish or Portuguese to be sent by teachers, graduate students, or professionals with a master's or doctor's degree. Submitting a text implies entering the pre-selection process for publication in the journal rita_.

The submission of texts for potential publication in rita_ does not imply any cost for the author.

WHAT PROCEDURE IS FOLLOWED FOR THE PUBLICATION OF TEXTS IN rita_?

A refereeing system is established for the articles selected for publication by external reviewers following the usual protocols for scientific publications. Only the authors of the texts shortlisted for publication will receive blind peer review.

Find out the complete information about the publication rules HERE.

For more information go to > http://revistarita.com

 

Exposição | Fendas Intemporais | Lançamento da Scopionewspaper # 6

 
 

Fendas Intemporais | Lançamento da Scopionewspaper # 6 ”Exposição de Artur Leão e Jiôn Kiim”

9 de Dezembro | 17h00 |  (QUINTA-feira) - Galeria 1º Andar - FBAUP

No dia 09 de dezembro 2021, pelas 17h00, inaugura a exposição ‘Fendas Intemporais’ de Artur Leão e Jiôn Kiim com curadoria de Miguel Leal, que surge no âmbito da colaboração entre o i2ADS(FBAUP e a Scopio CEAU/FAUP, a pretexto do lançamento da Scopionewspaper # 6 que dará abertura à exposição.

Neste número da Scopionewspaper # 6 de maio de 2021, apresenta-se o trabalho "Fendas Intemporais" de Jiôn Kiim e Artur Leão, o qual está integrado no conjunto de casos de estudo do projeto de investigação Visual Spaces of Change, financiado pela FCT e coordenado na FAUP através do grupo de investigação AAI do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo (CEAU).

Os conteúdos da exposição estão online na plataforma VSC e a experiência expositiva está registada puramente para efeitos de investigação, sendo objeto de análise no contexto do projeto de investigação VSC em curso.

Este projecto é desenvolvido pelo grupo de investigação Arquitectura, Arte e Imagem (AAI) do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAU) da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) e pelo laboratório Lab2PT (Escola de Arquitectura) e pelo Centro ALGORITMI (Escola Superior de Engenharia) da Universidade do Minho

Consulte aqui Scopionewspaper # 6 de maio de 2021 

As fotografias da Jiôn Kim e do Artur Leão aí publicadas mostram-nos pesadas ruínas feitas de cimento e ferro, memórias de uma arquitetura moderna que aspirava a uma funcionalidade e a uma eficácia construtivas, transformadas agora em silenciosos monumentos, em sólidas massas de betão, em objetos inúteis. Pilhadas, esventradas e limpas de tudo aquilo que possa ter um valor económico imediato, atravessadas por seções e túneis que nos conduzem aos seus segredos, invadidas pela vegetação que reclama o seu lugar, modeladas pela luz que teima em entrar pelas aberturas, são ruínas que resistem a essa voragem dos ciclos económicos, ao mesmo tempo que deles dão sinal. Opõem-se assim à ideia de ruína instantânea e ao horror ao vazio do utilitarismo a que parecem condenados todos os edifícios, oferecendo ao mesmo tempo um oásis de liberdade no meio da regulação dos espaços e da propriedade. São territórios temporariamente sem dono ou função, à espera de serem reapropriados, aberturas fora do tempo, noutro lugar, como sabem todos aqueles que se dão ao trabalho de caminhar, sem destino ou objetivo, pelas margens que a cidade lhes oferece no seu próprio interior.

Nesta exposição, escolheu-se não uma revisitação direta do projeto fotográfico publicado, mas antes a criação de uma nova situação adaptada ao espaço e ao contexto. Numa montagem simétrica, ao cimo das escadas, abrem-se duas portas para um mundo em ruínas, como que invertendo a relação entre interior e exterior, entre construção e ruína. No meio, em suspensão um cristal colorido e luminoso anuncia outros fantasmas que pairam nesses lugares fora do lugar.

A publicação estará à venda na Livraria do i2ADS. 

Artur Leão

Concluiu o Mestrado em Artes Visuais. Práticas Artísticas e Investigação na Escola Superior Artística do Porto (ESAP). Integrou as exposições "Do Not Touch Fresh Paint"! (2018) no Espaço MIRA; e "Playlist #25" (2018), um projeto curatorial de Nuno Ramalho no Café Candelabro. O projeto "Fendas Intemporais" foi seleccionado para ser exibido na Estação de Metro dos Aliados no contexto da "Bienal de Fotografia do Porto, 2019" integrado no projecto de investigação "Visual Spaces of Change". É cofundador do projeto musical "Benthik Zone" e segue uma estratégia artística que implica viajar por territórios imaginários de um futuro distante e, noutras ocasiões, por instâncias e momentos do passado explorando vários materiais e meios. Atualmente, utiliza a fotografia, o desenho e a poesia como meio privilegiado de expressão para documentar e redescobrir o mundo, concentrando-se mais em temas como a metamorfose dentro do universo da mitologia clássica.

Jiôn Kiim

(Busan, Coreia) vive e trabalha no Porto. Possui um Diploma em Belas Artes do HfBK Dresden e um BFA em Desenho Industrial da Hongik Univ. em Seul. A sua prática é transdisciplinar e engloba vários meios de comunicação, sendo o desenho o instrumento nuclear, esta resulta da junção das suas experiências de vida contemporânea com fenómenos sociopolíticos. Em 2017-2018, colaborou com a scopio Editions e desenvolveu uma pesquisa fotográfica nos projetos "Terrain Vague; post-Fordist society" e "Fendas Intemporais". O seu trabalho tem surgido em locais e publicações como On The Surface: photography conference | MAAT(Lisboa), Ci.CLO Bienal 19, Anuário '20 | Galeria Municipal do Porto/ aSede, Galeria Dentro e Palacete Pinto Leite (Porto), Revista Dose #6, Centro de Memória (Vila do Conde), Salão Sophie Charlotte (Berlim), GnRation (Braga), ZAWP (Bilbao), Art Space O (Seul), Motorenhalle, Ex14 e Oktogon (Dresden), entre outros.

Miguel Leal

Vive e trabalha no Porto. Artista Plástico e professor na Faculdade de Belas Artes do Porto (FBAUP). Membro integrado do i2ADS, colabora há vários anos com os projetos da Scopio. Mais info: http://ml.virose.pt

Visual Spaces of Change 
Visual Spaces of Change propõe uma estratégia de comunicação visual baseada no desenvolvimento de projetos de fotografia contemporânea que reflitam sobre as diferentes dinâmicas de mudança urbana para abrir novos horizontes de intervenção pública no espaço público. Estes projetos são concebidos como “narrativas visuais” destas dinâmicas, interferindo intencionalmente com o território metropolitano numa representação auto-reflexiva do seu próprio processo de mudança, reduzindo a distância entre os objetos de investigação (paisagens, lugares, espaços públicos e coletivos) e as suas representações.

Visual Spaces of Change - VSC



Leça

 

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by Julien Jarrige

Running on the concrete,
Running on the horizon

The noise of laughter before leaving,
The sound of the waves will return

The space becomes domestic for a moment
Running an throwing oneself into the ocean

Drawn by the shadow,
The geometry of light

Just a line

Horizontal is the horizon,
Horizontal is the concrete ground

Vertical is the man,
Like the edge of the concrete wall

The rocks rests on a concrete base
Horizontal is the composition,
Vertical is the tripartition

Between rock and concrete walls,
It is in the framing that the horizon becomes infinite

Altimetry games in the topography,
Feeling the endlessness space

The people left,
Will the space disappear if I leave too?

The screams and laughter have disappeared,
The sound of the waves has returned,
The shadow grows larger

Julien Farrige

————————————————————————-
Photography is here a writing
the story that is being written,
comes from
a spatial and sensory experience

The narration want to express emotion
and create a visual poem.

In the grain poetry
comes to be placed on the horizon,
shadow and light
man and sky.

In the faults,
the raw charm

The look moving
The frame jostled

Photography is not an affirmation
but an evocation

The truth is fleeting,
Time is both long fast,
decisive and eternal

Taking pictures,
starting to live the present

The moment is simple,
day-to-day
but exceptionally
beautiful

The image disappears in the light,
finds its material in the shadows,
and the touch of paper
The picture seems to fade in the waves
grain and sand
Are making the photography
but seem to leave soon

Julien Jarrige

 

NEW COLLECTION OF LITTLE BOOKS - ARCHITECTURE, ART AND UTOPIA - U. PORTO ALUMNI LITTLE BOOKS

 
 
 

NEW COLLECTION OF LITTLE BOOKS - ARCHITECTURE, ART AND UTOPIA - U. PORTO ALUMNI LITTLE BOOKS
TO BE RELEASED SOON

A COMMON INITIATIVE OF THE GROUP AAI / CEAU / FAUP WITH CETAPS / FLUP WITH SEAL U. PORTO PRESS and SCOPIO EDITIONS

PT/ENG

Based on dissertations by final-year students, a new collection of little books was created Architecture, Art and Utopia - U. PORTO Alumni Little Books that has the support of the U.Porto Press, which is associated with Scopio Editions and aims to publish book zines / little books coming from the work of students of the Faculties of the U. Porto, selected for the quality of the dissertation and proximity of the themes addressed in relation to the areas of Architecture, Art and Utopia.

The collection is a joint initiative of the research group Architecture, Art and Image (AAI) integrated in the Center for Architectural and Urban Studies (CEAU) of the Faculty of Architecture of the University of Porto (FAUP) and the Centre for English, Translation, and Anglo-Portuguese Studies (CETAPS) of the Faculty Arts and Humanities of the University of Porto (FLUP). Constituted by Little Books publications with a format specifically designed for this purpose and based on the selection of the final Master's works chosen annually, these dissertation works are edited according to the new layout of the collection, which is structured through the themes of interest of each of the works related to Architecture, Art and Utopia.

The works will be placed in the libraries of the Faculties in a specific location for this collection. These publications are, once finished, the motto to promote multiple acts of reflection, which may be coming from various initiatives of talks and debates around the themes developed and linked to integrative pedagogical strategies and stimulating / promoting the initiation of research of students who finish the 2nd study cycle. 

The collection starts with the following four Alumni Little Books:

Chloé Darmon
WOMEN IN PUBLIC SPACE: ARCHIVE, PHOTOGRAPHY AND IMAGE

Diana Aires Senra
VISUAL HETEROTOPIAS | THE REVEALING OF THE URBAN RHIZOME

Pedro Gonçalves de Barros
MEMORY | TERRITORY | DRAWING

Raquel Lagoa
CITY FRAGMENTS | IMAGES OF ARCHITECTURE SPACE AND MEMORY

CETAPS (Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies)

CETAPS (Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies) is the result of a fusion between two previously existing research units: IEI, the Institute for English Studies, based at FLUP, and CEAP, the Centre for Anglo-Portuguese Studies, based at FCSHUNL. A research center that brings together people from 11 Portuguese universities, promoting research and activities of significant national and international scope.

CEAU | Center for the Study of Architecture and Urbanism - Faculty of Architecture of the University of Porto

Created in 1994, the Center for Architectural and Urbanism Studies (CEAU) is the statutory R&D Center of the Faculty of Architecture of the University of Porto (FAUP), its host institution, and also integrates a Research & Development Unit (EAT-Norte-145) funded and evaluated by the Foundation for Science and Technology (FCT).

 

”A Fotografia como dispositivo de representação crítica privilegiado da Arquitetura, Cidade e Território e suas Vivências” com Miguel Refresco

 
 

Ciclo AAI - Conferências, Debate e Aulas abertas
”A Fotografia como dispositivo de representação crítica privilegiado da Arquitetura, Cidade e Território e suas Vivências” com Miguel Refresco

6 de Dezembro | 15h00 - 17h00 |  (quarta-feira) - Auditório da Biblioteca - FAUP

Irá realizar-se no Auditório da Biblioteca da FAUP no dia 6 de Dezembro, pelas 15:00, mais uma sessão do ciclo de Conferências, Debates e Aulas abertas Arquitectura, Arte e Imagem (AAI), com a moderação de Pedro Leão Neto e aberta a toda a comunidade académica da U. Porto, com especial enfoque para os alunos das unidades curriculares de Fotografia de Arquitectura, Cidade e Território (FACT) do 2º Ciclo e de Comunicação de Projeto de Arquitectura (CAAD I e II) do 1º Ciclo da FAUP.

Esta sessão terá como convidado o fotógrafo, investigador e docente Miguel Refresco (CAVE) que irá apresentar alguns dos seus projetos fotográficos e falar da sua experiência no Ensino da Fotografia e sobre a temática da Fotografia como dispositivo de representação crítica privilegiado da Arquitetura, Cidade e Território e suas Vivências.

Através da realização destas conferências / debates pretende-se contribuir para a criação de um espaço de exploração, debate e reflexão de ideias em torno de novos caminhos de investigação sobre o espaço público, com um enfoque em dinâmicas emergentes de transformação urbana e a utilização da imagem com especial incidência pela fotografia como instrumentos de pesquisa e comunicação. Estas sessões públicas, abertas a todos os alunos da U. Porto, permitem que diversos fotógrafos ou autores possam expor e explicar os seus trabalhos de fotografia, com especial incidência nos que exploram de forma significativa as temáticas de espaço / arquitetura e da fotografia como um instrumento de indagação do real, como documento e ficção.

Estas sessões são públicas e abertas à sociedade civil, bem como à comunidade académica, nomeadamente a todos os alunos da U. Porto, permitindo que diversos autores possam falar dos seus projeto, com especial incidência nas temáticas de fotografia e arquitetura que são de grande interesse para o projeto CONTRAST - rede alargada de instituições de ensino superior ligadas à formação em fotografia que tem como principal objectivo promover o pensamento, o debate e a divulgação de atividades relacionadas com esta prática -, bem como do projeto de investigação Visual Spaces of Change (VSC), AAC n.º 02/SAICT/2017 (refª POCI-01-0145 - FEDER - 030605), co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, I. P.).

Estas sessões são abertas a toda a comunidade académica e a entrada é gratuita.

Enquadramento

A organização destas conferências / debates é da responsabilidade da organização do grupo de investigação Arquitetura, Arte e Imagem (AAI / CEAU / FAUP) e o Laboratório de Arquitetura, Arte, Imagem e Inovação (AAi2 Lab), no âmbito do projeto VSC e Contrast.

O objetivo geral destas atividades tem sido o de promover uma ampla reflexão sobre o contributo das imagens na compreensão da realidade e na construção de imaginários, entre o documento e a ficção, entre a reprodução e a manipulação, entre o analógico e o digital. Estas atividades têm vindo a integrar diversas ações ligadas ao universo da imagem contemporânea, mais especificamente à fotografia, permitindo também a participação de grupos e cidadãos exteriores à academia, abrindo desta forma as universidades à sociedade civil e a outras instituições.
No universo da Imagem, a Fotografia é objecto de particular interesse, sendo explorada e analisada de forma crítica como um instrumento de registo e investigação numa perspetiva Inquisitiva, Curatorial e Comunicativa. O espaço privilegiado para esse registo e investigação fotográfica é o da Arquitetura, entendida como um universo amplo que integra simultaneamente os níveis macro e micro da transformação do Território e da Cidade e as suas múltiplas Vivências. 

Com o apoio institucional da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), da Reitoria da U. Porto e da scopio Editions, este 2º Ciclo de debates AAI – Arquitectura, Arte e Imagem estará muito ligado à exploração da fotografia como instrumento de reflexão sobre a transformação do espaço público. 


Biografias
Miguel Refresco
Miguel Refresco nasceu em 1986, vive e trabalha no Porto como fotógrafo e docente de fotografia. Licenciado em Tecnologias da Comunicação Audiovisual – especialização em
Fotografia pela ESMAE e Mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas pela FBAUP. Desenvolve trabalho relacionado com questões de identidade e território que publica e expõe
regularmente desde 2008. É co-editor e co-fundador da plataforma editorial Álea e co-fundador do espaço The Cave Photography, projecto dedicado à fotografia contemporânea, assente numa comunidade artistas locais. Auto-publicou o livro “Férias Grandes” em 2016 e “Menir” em 2017 pela Álea. Colabora regularmente com o Ballet Contemporâneo do Norte, Bloom, Vice, Terrafirma, Scopio Network entre outros.

Pedro Leão Neto

Investigador e professor na FAUP desde 2007 nas áreas da Comunicação de Projeto de Arquitetura e Fotografia, sendo coordenador do grupo de investigação Arquitectura, Arte e Imagem (AAI), director da associação cultural Cityscopio e fundador e coordenador editorial da scopio Editions. 

Foi curador de várias exposições de fotografia de arquitectura em Portugal e no estrangeiro, e responsável pela organização de cursos,debates e seminários internacionais em torno do universo da Arquitectura, Arte e Imagem, e é Editor-in-chief da publicação SophiaJournal, uma revista indexada e centrada no universo AAI. É autor e editor de mais de 30 livros e Investigador Principal (PR) doprojeto de investigação VSC "Espaços Visuais da Mudança" financiado pela agência pública portuguesa - FCT.



”O dispositivo Fotográfico como um processo de indagação e representação crítica da Arquitetura, Cidade e Território” com Duarte Belo

 
 

© Duarte Belo

 

Ciclo AAI - Conferências, Debate e Aulas abertas

”O dispositivo Fotográfico como um processo de indagação e representação crítica da Arquitetura, Cidade e Território”

com DUARTE BELO

15 NOV. | 15h00 - 17h00 (segunda-feira)| Auditório da Biblioteca - FAUP

Irá realizar-se no Auditório da Biblioteca da FAUP no dia 15 de novembro, pelas 15:00, mais uma sessão do ciclo de Conferências, Debates e Aulas abertas Arquitectura, Arte e Imagem (AAI), com a moderação de Pedro Leão Neto e aberta a toda a comunidade académica da U. Porto, com especial enfoque para os alunos das unidades curriculares de Fotografia de Arquitectura, Cidade e Território (FACT) do 2º Ciclo e de Comunicação de Projeto de Arquitectura (CAAD I e II) do 1º Ciclo da FAUP..

Esta sessão terá como convidado o arquiteto e fotógrafo Duarte Belo que irá falar do dispositivo Fotográfico como um processo de indagação e representação crítica da Arquitetura, Cidade e Território tendo como base alguns dos seus projetos fotográficos.

Para além da importância da Viagem como um modo diferenciado de descoberta e relação com os territórios de estudo, Duarte Belo irá falar da riqueza das paisagens e arquiteturas que podemos encontrar no território português, bem como dos instrumentos de representação e expressão que participam no processo de mapeamento fotográfico desses territórios: o desenho, o texto e a fotografia.

Através da realização destas conferências / debates pretende-se contribuir para a criação de um espaço de exploração, debate e reflexão de ideias em torno de novos caminhos de investigação sobre o espaço público, com um enfoque em dinâmicas emergentes de transformação urbana e a utilização da imagem com especial incidência pela fotografia como instrumentos de pesquisa e comunicação. Estas sessões públicas, abertas a todos os alunos da U. Porto, permitem que diversos fotógrafos ou autores possam expor e explicar os seus trabalhos de fotografia, com especial incidência nos que exploram de forma significativa as temáticas de espaço / arquitetura e da fotografia como um instrumento de indagação do real, como documento e ficção.

Estas sessões são públicas e abertas à sociedade civil, bem como à comunidade académica, nomeadamente a todos os alunos da U. Porto, permitindo que diversos autores possam falar dos seus projecto, com especial incidência nas temáticas de fotografia e arquitectura que são de grande interesse para o projeto CONTRAST - rede alargada de instituições de ensino superior ligadas à formação em fotografia que tem como principal objectivo promover o pensamento, o debate e a divulgação de atividades relacionadas com esta prática -, bem como do projeto de investigação Visual Spaces of Change (VSC), AAC n.º 02/SAICT/2017 (refª POCI-01-0145 - FEDER - 030605), co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, I. P.).

Estas sessões são abertas a toda a comunidade académica e a entrada é gratuita.

Enquadramento

A organização destas conferências / debates é da responsabilidade da organização do grupo de investigação Arquitetura, Arte e Imagem (AAI / CEAU / FAUP) e o Laboratório de Arquitectura, Arte, Imagem e Inovação (AAi2 Lab), no âmbito do projecto VSC e Contrast.

O objectivo geral destas actividades tem sido o de promover uma ampla reflexão sobre o contributo das imagens na compreensão da realidade e na construção de imaginários, entre o documento e a ficção, entre a reprodução e a manipulação, entre o analógico e o digital. Estas actividades têm vindo a integrar diversas acções ligadas ao universo da imagem contemporânea, mais especificamente à fotografia, permitindo também a participação de grupos e cidadãos exteriores à academia, abrindo desta forma as universidades à sociedade civil e a outras instituições.
No universo da Imagem, a Fotografia é objecto de particular interesse, sendo explorada e analisada de forma crítica como um instrumento de registo e investigação numa perspectiva Inquisitiva, Curatorial e Comunicativa. O espaço privilegiado para esse registo e investigação fotográfica é o da Arquitectura, entendida como um universo amplo que integra simultaneamente os níveis macro e micro da transformação do Território e da Cidade e as suas múltiplas Vivências. 

Com o apoio institucional da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), da Reitoria da U. Porto e da scopio Editions, este 2º Ciclo de debates AAI – Arquitectura, Arte e Imagem estará muito ligado à exploração da fotografia como instrumento de reflexão sobre a transformação do espaço público. 



Biografias
Duarte Belo (Lisboa, 1968)

Formação em arquitetura (1991). Desde 1986 que trabalha no levantamento fotográfico sistemático da paisagem, formas de povoamento e arquiteturas em Portugal. Este trabalho continuado sobre o território deu origem a um arquivo fotográfico de mais de 1.800.000 fotografias. Publicou vários livros sobre o tempo e a forma do território português, de que se destacam: Portugal — O Sabor da Terra (1997-1998); Portugal Património (2007-2008) e a trilogia 15-5-20, composta pelos volumes Caminhar Oblíquo; Depois da Estrada e Viagem Maior (2020). De outros projetos editados em livro poderíamos referir O Vento Sobre a Terra (2002); Território em Espera (2005); Fogo Frio (2008); Portugal Luz e Sombra (2012); A Linha do Tua; (2013); Magna Terra (2018).  Tem trabalhado sobre nomes relevantes da cultura portuguesa, como Mário de Cesariny, Ruy Belo, Maria Gabriela Llansol, Alberto Carneiro, Miguel Torga ou Sophia de Mello Breyner. Expõe desde 1987. Lecionou áreas relacionadas com a fotografia e a arquitetura. Foi curador de várias exposições. Participa regularmente em conferências sobre paisagem, arquitetura e fotografia. É editor do blog Cidade Infinita.

Pedro Leão Neto

Investigador e professor na FAUP desde 2007 nas áreas da Comunicação de Projeto de Arquitetura e Fotografia, sendo coordenador do grupo de investigação Arquitectura, Arte e Imagem (AAI), director da associação cultural Cityscopio e fundador e coordenador editorial da scopio Editions. 

Foi curador de várias exposições de fotografia de arquitectura em Portugal e no estrangeiro, e responsável pela organização de cursos, debates e seminários internacionais em torno do universo da Arquitectura, Arte e Imagem, e é Editor-in-chief da publicação Sophia Journal, uma revista indexada e centrada no universo AAI. É autor e editor de mais de 30 livros e Investigador Principal (PR) do projeto de investigação VSC "Espaços Visuais da Mudança" financiado pela agência pública portuguesa - FCT.

 
 

O projeto CONTRAST participa do Imagens do Real Imaginado (IRI) - Ciclo de Fotografia, Cinema e Multimédia | Rastreados (2021)

 
 
 

O projeto CONTRAST participa do Imagens do Real Imaginado (IRI) - Ciclo de Fotografia, Cinema e Multimédia | Rastreados (2021)

“CONTRAST: A FOTOGRAFIA NO ENSINO SUPERIOR"

Apresentação do projeto e publicações Contrast, bem como das redes associadas ao projeto e anúncio de nova plataforma

Olívia Silva, Coordenadora ESMAD

Pedro Leão Neto, Coordenador do grupo de investigação Arquitectura, Arte e Imagem (AAI)

4 NOV. | 18h00 | AUDITÓRIO LUÍS SOARES | ESMAD

O projeto Contrast marca presença no Imagens do Real Imaginado (IRI) - Ciclo de Fotografia, Cinema e Multimédia com o tema Rastreados que terá lugar na ESMAD entre os dias 2 e 8 de Novembro.

Irá realizar-se no Auditório Luís Soares da ESMAD no dia 4 de novembro, pelas 18h00, a apresentação do projeto e publicações Contrast, bem como das redes associadas ao projeto e anúncio de nova plataforma com a Olivia Silva (ESMAD) e o Pedro Leão Neto (AAI-CEAU-FAUP). 

Sobre o projeto CONTRAST

CONTRAST é um projeto de dinamização cultural interdisciplinar focado na criação duma rede de iniciativas artísticas e reflexão crítica incentivando o debate sobre temas transversais à Arte, Arquitectura e Design através do mundo da Criação, do Editorial, e do Ensino da Fotografia em diversas áreas disciplinares, reforçando a oferta artística e editorial, o acesso e participação nas artes. 

Esta rede conta com a parceria estabelecida em diversas áreas científicas e artísticas, entre nove escolas de ensino da fotografia em Portugal: ARCO - Centro de Arte e Comunicação Visual; DARQ - Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra; DCAM - Departamento de Cinema e Artes dos Media: Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação - Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Lisboa; ESAP - Escola Superior Artística do Porto; ESMAD | Escola Superior De Media, Artes e Design, Vila Do Conde; FAUP- Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto; FBAUL - Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa; FBAUP Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto; IPT - Instituto Politécnico de Tomar e três escolas fora de Portugal: Liverpool School of Architecture (LSA), Zaragosa Unidad Predepartamental de Arquitectura da Universidade de Zaragoza (UNIZAR) e Barcelona Universitat Politècnica de Catalunya BarcelonaTech (UPC).

Sobre a edição 2021 do Imagens do Real Imaginado (IRI) - Ciclo de Fotografia, Cinema e Multimédia

Rastreados

“A inteligência artificial e as tecnologias digitais, sendo tremendas conquistas da Humanidade e janelas para o futuro, nem por isso deixam de produzir efeitos cujos contornos permitem figurar ameaças a uma escala maior. Na verdade, só nas mais ousadas distopias fruto da imaginação criadora, caso do inevitável 1984 de George Orwell, a privacidade foi tão eficazmente posta em causa como agora. Refletindo sobre a sociedade conectada em rede, bem como as complexas relações de poder dela emergentes, Ignacio Ramonet deu a uma das suas obras mais recentes este título: O Império da Vigilância. A vigilância, evidentemente, não é um fenómeno novo. Sempre existiu. Ainda antes da explosão da Internet já câmaras de filmar ocultas registavam amplamente gestos e hábitos dos cidadãos. Foram utilizadas pelos serviços de inteligência, na segurança pública, no controle de fronteiras, em hospitais, prisões, escolas, superfícies comerciais, em suma, na observação dos mais diversos aspetos da vida quotidiana, a pretexto da prevenção. Com as redes sociais, porém, atingiu-se um novo patamar na concretização da profecia orwelliana, com uma diferença: a informação e a vigilância são agora totalmente imateriais. O rastreador é invisível, o rastreado, na maioria dos casos, inconsciente da sua vulnerabilidade. Computadores e smartphones, garantes da ampliação do espaço de liberdade em potência, são, igualmente, ferramentas de regulação sistémica, albergue de fake news, veículos de construção de realidades paralelas, detonadores do consumismo e a mais poderosa alavanca de negócios alguma vez concebida. As mais das vezes, o rastreado não tem noção do papel totalitário do algoritmo. Os seus dados pessoais – opções políticas, credo religioso, orientação sexual, situação familiar, em suma, tudo quanto lhe diga respeito –, apesar das políticas de privacidade, são facilmente acessíveis. Quem beneficia? À cabeça, os cinco grandes conglomerados que dominam a Rede: Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft. Do mesmo modo, o poder político-militar, ao ponto de um estado poder interferir nos atos eleitorais de outros estados, condicionando o sentido de voto, e de ser possível, mesmo entre aliados, proceder à devassa da vida dos dirigentes. Em ambos os casos pontificam peritos rastreadores. Obviamente, o rastreamento autoriza múltiplas declinações, de sinal contrário, e até incursões favoráveis aos rastreados em áreas como, por exemplo, a ciência e a saúde. A resposta à crise pandémica aí está para o demonstrar. Mas, a leitura deste admirável mundo novo não poderá ser feita exclusivamente através das ferramentas analíticas do passado. Exige o pensamento complexo, transdisciplinar, de que fala Edgar Morin. E exige o trabalho de criação capaz de interpelar o presente, abrindo portas a um real imaginado, acutilante e prospetivo. Esta edição do IRI vai nesse sentido.”

Jorge Campos

+ info : https://www.esmad.ipp.pt/documentacao/iri-cartazete