Exploración y construcción de conhecimento sobre patrimóniocultural mediante formalismos gráficos

 
 
 

Exploración y construcción de conhecimento sobre património
cultural mediante formalismos gráficos

Participação de Pedro Leão Neto no júri de Doutoramento

No passado dia 12 de Junho, Pedro Leão Neto foi arguente (vogal) em tribunal de prova pública do Doutoramento de Encarnación Ruth Varela Rodríguez, que defendeu a tese Exploración y construcción de conhecimento sobre património cultural mediante formalismos gráficos, no âmbito do programa doutoral em Arquitectura da Escola Técnica Superior de Arquitectura da Coruña.

Júri de Doutoramento
PRESIDENTE -------- MARÍA OCÓN FERNÁNDEZ || UNIVERSIDADE DE HEILDELBERG (ALEMANHA)
VOGAL ----------- PEDRO LEAO RAMOS FERREIRA NETO || UNIVERSIDADE DE PORTO (PORTUGAL)
SECRETÁRIO ------ ENRIQUE MANUEL BLANCO LORENZO || UNIVERSIDADE DA CORUÑA
SUPLENTE ------ ÓSCAR PASTOR LÓPEZ || UNIVERSIDADE DE VALÊNCIA
SUPLENTE ------ JEAN VANDERDONCKT || UNIVERSIDAE CATÓLICA DE LOUVAIN (BÉLXICA)

http://etsa.udc.es/web/?p=28782
https://dpauc.udc.es/defensa-de-tese-de-doutoramento-2/

 

Finalistas Discovery Awards 2020 | Encontros da Imagem 2020

 
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Discovery Awards 2020
Os Encontros da Imagem - Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, tiveram o prazer de convidar artistas que trabalham com o medium fotográfico e outras expressões visuais (vídeo, instalações, etc.), para submeterem os seus trabalhos enquadrados no tema "Genesis" ao prémio Discovery Awards 2020. Tendo em atenção o sucesso das edições anteriores, o festival organizou novamente o prémio, reiterando desta forma a vontade de mostrar o trabalho de novos talentos, promovendo assim novos artistas emergentes com base na excelente qualidade dos seus trabalhos.

Este ano foram rececionadas 259 candidaturas de 37 países diferentes, de entre os quais foram selecionados os 14 finalistas dos Discovery Awards 2020, que terão exposições nos Encontros da Imagem - Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais de 11 de Setembro a 31 de Outubro 2020 em Braga, Portugal.

FINALISTAS DISCOVERY AWARDS 2020
Annamaria Belloni
Elsa Leydier
Florence Cuschieri
James Reeder
Julia Mejnertsen
Kata Geibl
Marianne & Katarzyna Wasowska
Marjolein Blom
Mattia Micheli
Robin Hinsch
Rosa Rodriguez
Sandrine Elberg
Touko Hujanen
Trent Davis Bailey

 

Hythloday by Norberto Fernández Soriano

 
 

Hythloday by Norberto Fernández Soriano


Hythloday is a body of work that draws from one community’s fight against fracking, and presents their experience and beliefs through a visual interpretation of what is positioned between fact and fiction. In the United Kingdom, the trial site for hydraulic fracture-fracking for shale gas – and its potential for national rollout and future commercial exploitation - is located in the countryside between the cities of Preston and Blackpool. A mile down the road from this site, a group of activists - known to the local community as ‘The Protectors’ - set up camp, where they lived and fought to stop this fracking trial.

In what might be described as a “photographic novella”, Hythloday transforms this physical place into an imagined post-fracking scenario, in which the activities, causes, fears, effects and thoughts situated in this place constitute a potential future landscape. Hythloday draws its titled from the name of the sailor in Thomas Moore’s Utopia, which is used as a means to explore and understand the place itself, as well as ‘The Protectors’ fight. Hythloday combines the characters and elements on the ground with the mood to create a journey through an unknown and strange place that reveals the tension between those protrayed and the land they inhabit.


Bio
Norberto Fernández Soriano (1988, Spain) is a visual storyteller and book-maker. He uses photography to explore and interpret the world he inhabits, creating a common ground between contemporary social issues and his own life questions.

Having previously studied Chemical Engineering, his scientific background and self-taught approach to photography has led him to investigate the narrative possibilities of the medium. He is currently studying for a Masters in Photography at University of West of England (UWE Bristol) - his work has materialised in the form of the artist-book, Hythloday, and will be exhibited at the Martin Parr Foundation in 2020.

www.norbertofernandezsoriano.com

 

DPIc: CONCURSO INTERNACIONAL DE DESENHO E FOTOGRAFIA

 
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EN / PT

CONCURSO INTERNACIONAL DE DESENHO E FOTOGRAFIA (DPIc) | ESPAÇO E IDENTIDADE DAS UNIVERSIDADES

Concurso inserido no âmbito do projeto de investigação
Visual Spaces of Change (VSC)
U.Porto – AAI | CEAU | FAUP
U.Minho – Centro ALGORITMI – Lab2PT

Prazo para submissão de projetos: 31 de Dezembro de 2020


ÂMBITO DO CONCURSO: REGRAS E PRÉMIOS
O Concurso Internacional de Desenho e Fotografia (DPIc) - Arquitectura, Arte e Imagem – UTOPIA 500 é direcionado para o Espaço e a Identidade das Universidades, e é aberto a toda a comunidade académica.

O tema nuclear do concurso é a ideia de Utopia e de Espaços Visuais de Mudança (VSC), tendo como enfoque os espaços e identidade das Universidades. Esta segunda edição conta com a participação da Universitat Politècnica de Catalunya (UPC) e da Chalmers University of Technology (CUT) que se unem a este concurso através da rede internacional para difusão e fortalecimento da investigação, AAi2 Lab+ articulada com o projeto Visual Spaces of Change (VSC). O concurso é organizado pelo grupo de investigação AAI (FAUP) integrado no centro de I&D da FAUP (CEAU) e a AEFAUP, em parceria com as Associações de Estudantes de todas as outras Faculdades da U. Porto, sendo promotores o consórcio do projeto de investigação VSC, conjuntamente com o projeto AAi2 Lab, contando com o apoio institucional da Reitoria da U. Porto e da FAUP.

A coordenação do concurso é da responsabilidade do Centro de Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (CEAU/FAUP) através do seu grupo de investigação AAI e o Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (CETAPS/FLUP).


Visual Spaces of Change (VSC) é a primeira etapa de um projeto de Arquitetura, Arte, Imagem e Inovação (AAI2) sobre dinâmicas emergentes de mudança na Área Metropolitana do Porto (AMP). Projetos de Fotografia Contemporânea (CPP) serão desenvolvidos e implementados em locais específicos, concebidos como "narrativas visuais" que interferem intencionalmente com o território metropolitano num exercício de representação autorreflexiva de seu próprio processo de mudança urbana. Esta rede de espaços públicos e coletivos constituirá um "Museu Aberto" na AMP, estimulando instituições artísticas e culturais a ampliar seu alcance e participação no espaço público (ver mais informação no cap.VIII).

As ideias-chave presentes no concurso Desenho e Fotografia (DPIc) - Architecture, Art and Image – UTOPIA 500 são abrir as Universidades à Sociedade Civil através dos diversos projetos submetidos, mostrando a riqueza multifacetada de atividades, vivências e arquitecturas que assistem às Instituições de Ensino e dos seus diversos espaços de vivência e trabalho. 

Os candidatos, individualmente ou em equipa, deverão explorar de forma criativa o universo do Desenho e da Fotografia transmitindo, por um lado, um “outro olhar” sobre cada Faculdade e a forma como se relaciona com a Cidade, ou seja, uma visão crítica e poética sobre os espaços e vivências que as caracterizam e dão identidade, revelando facetas que antes estavam invisíveis ou esquecidas. Por outro lado, oferecer uma visão prospetiva e utópica sobre estes espaços de ensino o que significa um trabalho onde o desenho e a fotografia estão presentes e direcionam o desígnio do criador como instrumentos do pensamento e imaginação permitindo ampliar uma ideia de Arquitectura e de Cidade, bem como da apropriação e vivência dos seus espaços.


CAPÍTULO I – OBJETIVOS
Esta iniciativa tem como objetivo geral criar um novo espaço de comunicação e divulgação da relação das Universidades e das suas comunidades com a Sociedade Civil, ligado ao projecto de investigação Espaços Visuais de Mudança (VSC) favorecendo a abertura das Universidades à sociedade através de diversos tipos de interação, socialização,  estudo e investigação, promovendo a troca interdisciplinar de conhecimento e de experiências entre diversas áreas de conhecimento e segmentos sociais.

O concurso define como objetivos específicos: 
- Contribuir para uma maior consciencialização das novas gerações, do potencial transformador da Arquitectura e sua relação com a Cidade tendo como as Universidades quer a nível nacional como estrangeiro e a partir do confronto de ideias relacionadas com os temas Utopia e  Espaços Visuais de Mudança (VSC), tornando estes conceitos operativos também para o universo das artes;
- Sensibilizar os jovens que estudam ou desenvolvem investigação nas áreas disciplinares da Arquitetura, das Belas Artes e da Imagem para o impacto que os seus trabalhos possam vir a ter para uma transformação inovadora e harmoniosa dos espaços de ensino que frequentam e a sociedade;
- Sensibilizar os alunos e cidadãos para a necessidade de se pensar em alternativas para os espaços de ensino que utilizam no dia a dia construídos / por construir;
- Promover uma compreensão da imagem e do seu uso enquanto método e meio de representação que permite novas formas de se entender e interagir com diversos espaços nos campos da Arquitetura e da Cidade;
- Evidenciar as vantagens da exploração da imagem enquanto meio capaz de atravessar fronteiras e deslocar limites entre diferentes problemáticas e áreas disciplinares da Arquitetura e da Arte, tendo como território de projecto e exploração os espaços de Universidade.


CAPÍTULO II – TEMA, MEIOS DE REPRESENTAÇÃO
E PARTICIPANTES 
O tema do concurso define-se em torno das ideias de Utopia e Espaços Visuais de Mudança (VSC). O desafio consiste na apresentação de um díptico visual composto por duas imagens, cada imagem em formato A3, podendo combinar ou não a fotografia com o desenho. A primeira imagem deve representar um determinado espaço duma Universidade (sala de aula, auditório, espaço de convívio exterior ou interior ou outro similar) tal como se encontram atualmente. Uma segunda imagem, também em formato A3, que representam uma nova visão de mudança, ou seja, prospetiva e utópica desse mesmo espaço dessa Universidade e sua apropriação. As duas imagens deverão vir acompanhadas de um texto, com um mínimo de 200 e um máximo de 500 palavras, que explique as ideias do díptico visual.

Aceitam-se candidaturas individuais ou coletivos, mas encoraja-se a formação de equipas multidisciplinares - estas poderão ser compostas por indivíduos com diferentes perfis académicos sendo, contudo obrigatório que pelo menos um dos elementos esteja ligado ao universo da Arquitetura, das Artes Plásticas e da Imagem, esteja inscrito no ensino superior ou faça parte de um centro de investigação. Nenhum dos elementos deverá ter mais de 35 anos. Não será possível a apresentação de mais do que um trabalho a concurso por cada elemento (individualmente ou em grupo).

Esta iniciativa é especialmente dirigida a alunos universitários, nacionais e estrangeiros, podendo estes pertencer a qualquer área disciplinar com interesse nestas temáticas. O envolvimento das Associações de Estudantes é desejado para facilitar a constituição de equipas interdisciplinares, tendo a nível nacional como parceiros institucionais as Associações de Estudantes da U.Porto e a Reitoria da U.Porto, que serão espaços de receção de trabalhos, debate de ideias e comunicação.


CAPÍTULO III - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
É obrigatória a existência de pelo menos um dos dois modos de representação – Desenho e/ou Fotografia -, não existindo nenhuma limitação relativamente às formas de manipulação e combinação destes dois modos de representação, sendo permitida a colagem e a fotomontagem. Pretende-se que as narrativas visuais do concurso sejam críticas e poéticas do presente e prospetivas e utópicas relativamente ao futuro, no sentido de propor novos espaços de mudança e apropriação para esses lugares de ensino.

É assim objetivo do concurso que cada narrativa visual – díptico - comunique um espaço real e um idealizado capaz de despertar uma nova consciência sobre o lugar representado, estimulando as pessoas a experienciar esses espaços a partir de novas perspetivas.

Dípticos que correspondem a uma apropriação estética onde a fotografia de arquitectura e o desenho estão presentes de forma significativa e que são capazes de constituir pontos de partida para uma nova compreensão e perceção desses lugares de ensino. Visões capazes de documentar e registar arquitecturas, vivências e lugares em permanente mudança, bem como constituir uma forma de conhecimento do real em confronto com visões prospetivas e utópicas desses espaços. 


CAPÍTULO IV - SUBMISSÃO DE CANDIDATURAS, JÚRI E SELEÇÃO
Os trabalhos deverão ser submetidos por e-mail para o endereço dpic.vsc@arq.up.pt, sendo enviados, para além do formulário de inscrição devidamente preenchido, dois arquivos separados em formato JPEG ou TIFF, cada arquivo com um máximo de 5 MB, correspondentes às 1.ª e 2.ª imagens do díptico visual descrito no Capítulo II deste Regulamento. Os Arquivos deverão ser identificados através do nome abreviado do projeto seguido dos números 1 e 2, respetivamente. As imagens não deverão ostentar quaisquer assinaturas ou marcas de água. As imagens que incluam fotografias apresentadas a concurso deverão permitir qualidade de impressão, sob pena de não serem selecionadas para o catálogo a ser publicado pela scopio Editions.

As duas imagens deverão vir acompanhadas de um texto, com um mínimo de 200 e um máximo de 500 palavras, que explique as ideias do díptico visual.

O júri será composto por curadores, arquitetos, artistas e apreciadores das Artes  oportunamente anunciados, que analisarão e selecionarão os trabalhos mais inovadores neste concurso internacional. O júri selecionará num primeiro momento 20 trabalhos, e os autores desses trabalhos serão convidados a enviar os originais para que sejam expostos em diversos espaços públicos, interiores e exteriores. Os visitantes das exposições serão convidados a votar na obra que considerarem mais interessante através de uma plataforma online criada para esse efeito. Dessa votação resultará a ordenação das obras de 1 a 20 pontos. Não haverá lugar a apelo do vencedor nomeado pelo júri. Os membros das instituições promotoras ou parceiras do concurso não poderão submeter trabalhos.

Este concurso tem uma importante componente de rede e Internet que são entendidos como instrumentos capazes de criar sinergias e estabelecer pontes comunicativas e permitir uma maior abrangência da mensagem, bem como criar sinergias com as diversas exposições relacionadas com as temáticas abordadas tendo como base os conteúdos produzidos.


CAPÍTULO V - PRÉMIOS
Os trabalhos selecionados estarão em exposição durante o período da edição de 2020 a 2021 do projeto Visual Spaces of Change (VSC). Os 20 trabalhos selecionados constarão do catálogo a ser publicado pela scopio Editions. Todos os autores dos trabalhos selecionados receberão um certificado. Da votação será apurado um vencedor e, eventualmente, uma ou duas Menções Honrosas, a quem será atribuído um documento certificando a seleção do júri. Estes trabalhos serão destacados nos sites dos projetoVSC e scopio Network, bem como nas plataformas do Sigarra da U. Porto. O vencedor do concurso receberá 3 (três) exemplares do catálogo da scopio; serão dados 2 (dois) exemplares aos autores das Menções Honrosas. A organização do concurso procurará ativamente prémios juntos dos patrocinadores desta iniciativa que possam ser atribuídos ao vencedor e aos autores distinguidos com Menções Honrosas.


CAPÍTULO VI - DISPOSIÇÕES GERAIS
Só serão considerados os trabalhos que obedeçam ao presente Regulamento. Todos as outras candidaturas serão desclassificadas. Apenas os projetos de desenho e fotografia que cumpram critérios mínimos de qualidade e respeitem o tema proposto serão admitidos a concurso. A Organização do Concurso não se responsabiliza por eventuais cópias digitais das fotografias submetidas. Qualquer situação omissa será resolvida através de deliberação do júri do Concurso. A Organização do Concurso reserva-se o direito de publicar os trabalhos apresentados a concurso, de acordo com a lei portuguesa 2/99 de 13 de janeiro. A Organização do Concurso ficará com os copyrights dos projetos apresentados. Os originais não serão devolvidos aos autores, exceto sob pedido expresso dos mesmos e mediante o pagamento dos portes de correio.


CAPÍTULO VII - COMISSÃO ORGANIZADORA E TÉCNICA
Comissão Organizadora
:
Grupo de investigação AAI (FAUP) integrado no centro de I&D da FAUP (CEAU) e Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (CETAPS/FLUP). 

Parcerias: Projetos Arquitectura, Arte e Imagem (AAI), UTOPIA 500VSC, AAI2 Lab e a AEFAUP, com o apoio institucional da Reitoria da U. Porto, da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.

Contactos: AAI / CEAU / FAUP - Universidade do Porto Via Panorâmica s/n 4150-564 Porto
dpic.vsc@arq.up.pt


CAPÍTULO VIII – VISUAL SPACES OF CHANGE
Visual Spaces of Change (VSC) é a primeira etapa de um projeto de Arquitetura, Arte, Imagem e Inovação (AAI2) com uma componente significativa da Fotografia Contemporânea, combinada com pesquisa complementar em Sintaxe Espacial e Tecnologias da Informação. Com base em pesquisas anteriores do grupo de investigação Arquitectura, Arte e Imagem (AAI/CEAU), este projeto irá investigar as condições para a criação de uma rede de espaços públicos e coletivos capazes de catalisar dinâmicas emergentes de mudança na Área Metropolitana do Porto (AMP). O território em estudo é utilizado simultaneamente como laboratório para experimentação empírica e palco de representação visual dos agentes e processos de mudança urbana que se pretendem analisar. Este projeto produzirá sínteses visuais dessas dinâmicas para dar visibilidade a aspectos específicos da sua natureza interconectada e singularidade histórica que são difíceis de perceber sem o uso propositivo da imagem e da fotografia. Este projeto abre novos caminhos de investigação ao propor uma combinação original de métodos de investigação visual e análise espacial a partir da identificação de um conjunto de espaços e percursos estratégicos na cidade, conectados por pontos de conexão identificados na rede urbana. Estes pontos são calculados através de métricas sintáticas que permitem otimizar a interação entre espaços públicos e coletivos. Projetos de Fotografia Contemporânea (CPP) serão desenvolvidos e implementados em locais específicos, concebidos como "narrativas visuais" que interferem intencionalmente com o território metropolitano num exercício de representação auto-reflexiva de seu próprio processo de mudança urbana.

Esta rede de espaços públicos e coletivos constituirá um "Museu Aberto" na AMP, permitindo a realização de ações curatoriais experimentais, estimulando instituições artísticas e culturais a ampliar seu alcance a uma maior audiência pública. Ao articular recursos materiais e imateriais que, juntos, dão mais visibilidade às dinâmicas de mudança urbana em curso, este projeto visa alterar as percepções do público sobre a transformação do espaço público e transformar coletivamente os imaginários da cidade à escala metropolitana. A estratégia para promover essa articulação baseia-se na identificação de propriedades físicas de integração, conectividade e sinergia entre espaços públicos e coletivos, potenciadas pelo desenvolvimento de ferramentas on-line de interação virtual processada em múltiplas escalas. Para este efeito, uma plataforma digital será desenvolvida para inserir dados visuais num sistema georreferenciado com várias camadas temporais em 4D (espaço e tempo), permitindo a acessibilidade, difusão, monitoramento e compartilhamento de informações visuais. Esta plataforma permitirá também as condições para um diálogo ativo entre investigadores, instituições e o público, contribuindo para a identificação de oportunidades de co-evolução entre cidadãos, instituições e o ambiente urbano.

 

Field by Jemima Yong

 
 

Field

BY JEMIMA YONG


_FIELD_ is a series of photographs of a single public green during the Covid-19 lockdown and made from my bedroom window. I began making the photographs as a way of creating in isolation. I continued as I wanted to chronicle how the public space was being shared, the physical impact of new social measures and the variety of activities that now take place outside.

Bio
Jemima Yong (b. 1990) is a Malaysian photographer and performancemaker, born in Singapore and currently residing in London. Experimentation, collaboration and time are central to her practice. Her recent work includes _Marathon_ with JAMS (Oxford Samuel Beckett Theatre Trust Award 2018): a performance about fiction, memory and the hysteria of crowds, and _ROOM_: an improvised storytelling experience that takes place in the imagination of the audience. She is a member of Documentation Action Research Collective and an associate of Forest Fringe.
www.jemimayong.format.com

DPIc: ARCHITECTURE, ART AND IMAGE - UTOPIA 500

 
 
 

DPIc: ARCHITECTURE, ART AND IMAGE - UTOPIA 500

PT | EN

DPIc will be launched soon…
DPIc is already available for purchase at scopio Bookstore with a 10% discount: 14,40€

This publication results from a collaboration between the Centre for Studies in Architecture and Urbanism of U.Porto’s Faculty of Architecture (CEAU/ FAUP) and the Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies of U.Porto’s Faculty of Arts and Humanities (CETAPS/FLUP). The projects Architecture, Art and Image (AAI) and UTOPIA 500, embraced by these two R&D centres, gave rise to the Drawing and Photography International Contest (DPIc), which was held for the first time in 2016.

The quality and relevance of the works submitted in 2016, as well as the recognition of the Contest’s relevance on the part of several members, and national and international institutions, were some of the reasons behind this rst issue of the DPIc and behind the decision to hold a second edition of the Contest, this time with the theme The Space and Identity of the Universities. The second edition will have the participation of the Polytechnic University of Catalonia (UPC), the Chalmers University of Technology (CUT), the University of Aveiro, the University of Ferrara, the University of Liverpool, the University of South Wales and the University of Zaragoza, which will join this contest through the international network for research development and dissemination, AAi2 Lab, in articulation with the project Visual Spaces of Change (VSC).

The first issue of the DPIc was made possible thanks to the joint support of U.Porto Press and Scopio Editions. This publication is a recognition of the Contest’s relevance and of the importance of interdisciplinary collaborations to build bridges of understanding between the constructed world and the envisioned world.

The launch and presentation of this publication will take place during 2020 in another session integrated in the Architecture, Art and Image (AAI) Conference and Debates cycle, that may occur in the shape of videoconference due to COVID-19.

This publication is already available at our bookstore and in AEFAUP’s library, as well as in the Rectorate’s library through U.Porto Press and in the various FNAC stores.

Authors - Projects
Caterina Sposato
Elena Fornasa
Francisco Silva
Dimitris Grigoropoulos
Itziar Echebarrieta
João Montenegro Taveira
Maniyarasan Rajkumar
Nuno Sarmento
Stefania Anastasia Patrikiou
Timotheé Jacques
Vitor Velez

Authors - Texts
Fátima Viera (FLUP)
Maria Neto (FAUP)
Pedro Leão Neto (FAUP)

Jury
Ana Aragão (invited member)
Cláudio Reis (invited member)
Fátima Vieira (FLUP)
Maria Neto (FAUP)
Pedro Leão Neto (FAUP)

scopio ©
U.PORTO EDITIONS ©
DPIc: ARCHITECTURE, ART AND IMAGE - UTOPIA 500
SCOPIO EDITIONS & U.PORTO EDITIONS
DPIC AAI - UTOPIA 500 COLLECTION

32 pages
ISBN 978-989-54318-7-8

 

DPIc: ARQUITETURA, ARTE E IMAGEM - UTOPIA 500

 
 
 

DPIc: ARQUITETURA, ARTE E IMAGEM - UTOPIA 500

PT | EN

Lançamento para breve
Já à venda online com desconto especial 10% sobre preço normal de venda : 14,40 €

Esta publicação é o resultado da colaboração entre o Centro de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (CEAU/FAUP) e o Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (CETAPS/FLUP). Através dos seus projetos de investigação Arquitetura, Arte e Imagem (AAI) e UTOPIA 500, estes dois centros de I&D lançaram o concurso Internacional de Desenho e Fotogra (DPIc) que teve a sua primeira edição em 2016.

A qualidade e o interesse dos trabalhos apresentados, bem como o reconhecimento do potencial que teria uma publicação, simultaneamente online e em papel, que fosse capaz de divulgar as diversas iniciativas em volta da investigação desenvolvida por parte dos membros e instituições nacionais e internacionais nestas temáticas de AAI e da Utopia, estiveram na origem da organização deste primeiro número e justificam a decisão de abertura de uma segunda edição do Concurso, desta feita direcionado para o Espaço e Identidade das Universidades. Esta segunda edição conta com a participação da Universitat Politècnica Catalunya (UPC), da Chalmers University of Technology (CUT), da Universidade de Aveiro, da Università degli Studi di Ferrara, da University of Liverpool, da University of South Wales e da Universidad de Zaragoza, que se unem a este concurso através da rede internacional para difusão e fortalecimento da investigação, AAi2 Lab, articulada com o projeto Visual Spaces of Change (VSC).

A publicação DPIc nasce com o apoio da chancela da U.Porto Press, que se associa à scopio Editions neste primeiro número. Representa o reconhecimento deste concurso e a importância que as colaborações entre diferentes áreas disciplinares poderão ter no entendimento do mundo construído e imaginado.

O lançamento e apresentação desta publicação terá lugar ainda durante o ano de 2020 em mais uma sessão integrada no programa do ciclo de Conferências e Debates Arquitectura, Arte e Imagem (AAI), mas que poderá decorrer em formato de videoconferência devido à situação de estado de alerta em virtude do COVID-19. 

A publicação encontra-se disponível na nossa bookstore e na livraria da AEFAUP, bem como na Livraria da Reitoria através da U.Porto Press e estará também disponível em algumas das lojas FNAC.

Autores - Projetos
Caterina Sposato
Elena Fornasa
Francisco Silva
Dimitris Grigoropoulos
Itziar Echebarrieta
João Montenegro Taveira
Maniyarasan Rajkumar
Nuno Sarmento
Stefania Anastasia Patrikiou
Timotheé Jacques
Vitor Velez

Autores - Textos
Fátima Viera (FLUP)
Maria Neto (FAUP)
Pedro Leão Neto (FAUP)

scopio ©
U.PORTO EDITIONS ©
DPIc: ARCHITECTURE, ART AND IMAGE - UTOPIA 500
SCOPIO EDITIONS & U.PORTO EDITIONS
DPIC AAI - UTOPIA 500 COLLECTION

32 páginas
ISBN 978-989-54318-7-8

Aceda a uma versão reduzida da DPIc aqui

 

Pandemic Preparation Techniques: 1- Quarantine by Sergio Camplone

 
 

Pandemic Preparation Techniques:
1- Quarantine

BY SERGIO CAMPLONE

Now more than ever, we are experiencing such a strong time dilation.Quarantine is difficult, but facts, places and characters of this story have helped me to reflect.I produced the first chapter of the CoVid 19 trilogy following one of the most divisive debates in this pandemic: How the coronavirus travels through the air?Suddenly, daily mundanities seem to demand a military strategy, forcing us to overthink things they never used to think about at all.Can you go outside? What if you’re walking downwind of another person? Is it irrational to hold your breath?Everything seems to be contaminated. Personal Protection Equipment, have become unobtainable luxury objects and so, viral tutorials on the self-production of PPE are spread on the network without considering that they have precise methods of use and disposal.WHO has released some good instructional videos about using PPE and on correct individual behavior. Moreover, the same quarantine, in its simplest form, is the creation of a hygienic border between two or more things, in order to protect both. In this spatial containment strategy, the work follows and conceptualizes some WHO tutorials on the correct use of Personal Protective Equipment.

Bio

He was born in Pescara, he studied photography at R. Bauer in Milan. He teaches photography in various institutions working on the perception and visual representation of new social and urban landscapes.Professionally he deals with architectural photography while his research is focused on on the evolution of the contemporary landscape, on architecture and man.

Encontros da Imagem 2020 | Génesis

 
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Encontros da Imagem 2020 | Génesis

O Encontros da Imagem é um festival internacional de fotografia e artes visuais que se realiza todos os anos na cidade de Braga, Portugal. A edição de 2020 realiza-se entre os dias 11 de setembro e 31 de outubro e está subjacente ao tema Génesis.

Génesis
O homem não é capaz de viver sem juízos de valor que traduz em significados herdados. Já foram místicos ou divinos, hoje os seus paradigmas, tendencialmente globais, são a experiência e a sensibilidade. E é por isso mesmo que tem sido tão difícil apreender a sistemática desintegração do planeta em que vivemos e da comunidade internacional que se tentou construir. A irracionalidade política, governada pela finança, recusa a evidência de crise global desde 1997, (Protocolo de Quioto) e hoje, é apenas através de iniciativas particulares e individuais que esta questão limite se impõe. Iniciativas que se reproduzem e evoluem nesse vasto campo de ação que é a cultura da Globalização. A globalização cresceu nos Estados Unidos, já armadilhada pelo conflito aberto dos Blocos ideológicos e da Guerra das Estrelas, afastando-se da utopia da aldeia global, que o sociólogo canadiano McLuhan, sob o influxo da nova tecnologia, previa vir a ser a sociedade do futuro. Funcionando como uma comunidade de intensa comunicação oral onde a solidão seria banida, tal como nas velhas sociedades sem escrita, foi a utopia dos Anos Sessenta do século passado. A Globalização foi, antes de tudo, económica e financeira, num sistema desigual de exploração de vantagens. Com a mundialização da Internet foram-se aculturando modas, marcas ou pandemias, hábitos e gestos da industrialização, lazeres, a ideia de progresso versus o direito à felicidade e, naturalmente, um individualismo de forte autoestima. O sentido crítico da arte contemporânea reflete esta soma de influências, esta derrocada das utopias sociais.

O paradigma global deixou de ser o da comunicação, mas o da informação que traz consigo poder, ou seja, o mundo transformou-se numa série de algoritmos e a vida num processamento de dados. A arte visual que aderiu parcial ou totalmente à revolução tecnológica é o micromundo dessa transformação e, tudo indica, virá a ser o registo criativo da tomada de consciência dos problemas deste presente crítico.

Génesis é tudo isso: a origem ou criação e, como em todas as criações e também na arte, a génese sucede à destruição. Com cada criação surgem novos significados, outros juízos de valor, outras teorias científicas, novos mitos novos algoritmos e, insidiosamente, velhos erros e revivalismos que atrasam os significados desta comunidade do futuro que, com o seu desleixo e as suas utopias de felicidade não as quis e não as quer perder. Mudanças, deslocações de povos, efeitos de catástrofe ou de perseverança, criação e destruição, - o alfa e o ómega de uma cultura – e que, consensualmente, nos aparecem como a essência das novas artes visuais.


A programação dos Encontros da Imagem 2020 engloba um conjunto de atividades diversas:

Exposições
Ocupando diversos espaços, nas cidades de Braga, Barcelos, Guimarães e Porto, será mostrado um conjunto diversificado de exposições, individuais e coletivas, umas em resultado do convite feito a diversos artistas, outras selecionadas a partir do Prémio Discovery Awards 2020.

Leitura de Portefólios
A Leitura Crítica de Portefólios, constitui um momento importante do festival. Através da submissão da candidatura ao prémio Emergentes 2020 - International Photography Award Encontros da Imagem, artistas nacionais e internacionais, tem a possibilidade se selecionados de poder mostrar os seus trabalhos presencialmente, a um conjunto de críticos internacionais. O vencedor do prémio, resultado da leitura critica de portfólio irá receber um prémio monetário de 5.000€, terá também uma exposição a solo na edição do ano seguinte do festival.

Prémios
Com o intuito de promover novos artistas nacionais e estrangeiros, o festival tem o prazer de convidar todos os artistas que trabalham com o medium fotográfico, a candidatarem-se ao conjunto de prémios, que este ano serão promovidos e enquadrados no tema "Génesis". Os Prémios a lançar serão: Discovery Awards; Emergentes - Prémio Internacional de Fotografia e Photobook Awards.

Conferências
Em colaboração com a Universidade do Minho e com outras escolas de fotografia, serão organizadas conferências e mesas redondas, tendo como ponto de partida a temática proposta pelo festival este ano "Genesis".

Residências Artisticas
Os Encontros da Imagem sempre tiveram como objetivo principal, construir um espólio de fotografia, que contribuísse para a criação de uma memória coletiva, não só da cidade de Braga, como do processo e evolução da fotografia. Assim, a partir de meados da década de noventa, iniciaram a promoção de Residências Artísticas. Destas residências resultaram trabalhos de fotografia ricos e importantes no registo da cidade de Braga, que passamos a denominar "Memórias da Cidade”. Procurando em 2020, recuperar esta prática de há alguns anos atrás, o festival propõe proporcionar a criação e a produção artística, levando a efeito as Residências Artística, no âmbito das “Memórias de Braga”, inserido na temática deste ano “Génesis".

Projeções Fotográficas
No âmbito da sua programação, o festival irá promover diversos momento de Projeções Fotográficas em espaços públicos e privados em Braga.

Mostra de Livros de Fotografia
O festival acredita na importância do livro de fotografia como um grande contributo para a evolução da história da narrativa fotográfica e parte importante do processo fotográfico contemporâneo. Neste sentido serão promovidas exposições de livros de fotografia em parceria com instituições e festivais internacionais.

Ciclo de Cinema
No âmbito da sua programação, o festival irá promover um ciclo de cinema – com a projeção de filmes, tendo como referência a temática "Genesis".

Serviço Educativo
Desde a sua fundação, que o festival têm como principal preocupação o carácter pedagógico e formativo, bem como, o incentivo à criação de novos públicos. Daí a organização de um serviço educativo, distribuído por duas grandes áreas: Visitas Guiadas; Oficinas para jovens em idade escolar, distribuídos por grupos etários.

 
 

O prazo para submissão das candidatura ao prémio Discovery 2020 foi alargado até ao dia 17 de maio. Para submissão de candidaturas basta seguir este LINK.

 

The fate of the shadows by Raquel Lagoa

 

The fate of the shadows

BY RAQUEL LAGOA

PT | EN

The visual narrative ‘The fate of the shadows‘ translates in photography the speech resulting from the overlapping of meanings – when the spiritual world intersects the physical world. The photographic sequence makes visible the path through the domestic space that is imperceptible in real life, and, at the same time, filters the contemporary gaze, increasingly superficial and acritical. From this dynamic, surfaces the pertinence of this project like a conversation (author/observer) that stimulates a critical and reflexive attitude towards what, currently, confines us in space - in our home.

The objects that physically inhabit the (real) interior space appear in the photographs printed in the projection of its respective shadows, its materiality is never revealed and these remain undefined accentuating the misticity if the very space where they remain. The monotony of the everyday, accentuated in the period of isolation, enables, consciously or uncounsciously, the reflection through these four walls that limits (our presence in) the space. This being said, the intention to decode and immobilize in images, the signs of passage of time in the intimate space surfaces, unveiling, in silence, an exterior increasingly closer and distant at the same time

Each photograph is a perspective of the interior that reveals an invasion of light in the intimate space, illuminating the surfaces and obscuring the objects, denouncing a clear overlapping of the immaterial world over the material world. The objects get lost in its insignificance and the images reflect a third dimension that foregoes these to exist.

Equally projected – the city – that, antagonically, paints the colors of neutral surfaces of the house and adds a complex pattern without hiding what is overlaps, like a translucid diluted wallpaper between the black stamp of shadows. The photographic narrative comprises a game of collages that highlight the inevitable confrontation between the house and the city, the interior and the exterior, the individual and the collective, the shadow and the light – the fiction and the real. Deep down, if the pandemic forced the isolaton, the isolation reinforced the importance of (knowledge of) inhabiting, with the body and with the gaze, the visible and the invisible.

“... A building is like a soap bubble. is bubble is perfect and harmonious if the breath has been evenly distributed from the inside. e exterior is the result of an interior.”
Le Corbusier, 1927 apud Colin Rowe e Fred Koetter, Collage city (Cambridge, Mass: MIT Press, 1978).

Bio

Raquel Lagoa (Figueira da Foz, 1996), student at Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (2014 - 2020) with an academic path divided between art, science, literature and photography, architecture emerges as a synthesis of those worlds. The disquiet is the state of mind in permanent confrontation with the unpredictability of the current world.

 

O destino das sombras por Raquel Lagoa

 

O destino das sombras

POR RAQUEL LAGOA

PT | EN

A narrativa visual ‘O destino das sombras’ traduz na fotografia um discurso resultante da sobreposição de significados - quando o mundo espiritual intersecta o mundo físico. A sequência fotográfica torna visível um percurso pelo espaço doméstico que é imperceptível na vida real, e, ao mesmo tempo, tem o papel de filtrar o olhar contemporâneo, cada vez mais superficial e acrítico. Desta dinâmica, surge a pertinência deste projeto como uma conversa (autor/observador) que estimula uma atitude crítica e reflexiva perante o que, atualmente, nos confina no espaço - a casa.

Os objetos que habitam fisicamente o espaço interior (real) surgem nas fotografias decalcados na projeção das respetivas sombras, a sua materialidade nunca é revelada e estes permanecem indefinidos acentuando a misticidade do próprio espaço onde permanecem. A monotonia do quotidiano, acentuada neste período de isolamento, propicia, consciente ou inconscientemente, a reflexão através dessas quatro paredes que (nos) limitam o espaço. Posto isto, surge a intenção em descodificar e imobilizar nas imagens, os sinais da passagem do tempo no espaço íntimo, que vai desvendando, em silêncio, um exterior cada vez mais próximo e distante ao mesmo tempo.

Cada fotografia é uma perspetiva do interior que revela uma invasão da luz no espaço íntimo, ilumina as superfícies e obscurece os objetos, denunciando uma clara sobreposição do mundo imaterial sobre o mundo material. Os objetos perdem-se na sua insignificância e as imagens reflectem uma terceira dimensão que prescinde destes para existir.

Igualmente projetada - a cidade - que, antagonicamente, pinta a cores as superfícies neutras da casa e acrescenta-lhes um padrão complexo sem esconder o que sobrepõe, como um papel de parede translúcido diluído entre o negro carimbo das sombras. A narrativa fotográfica compreende um jogo de colagens que destacam o confronto inevitável entre a casa e a cidade, o interior e o exterior, o individual e o colectivo, a sombra e a luz - a ficção e o real. No fundo, se a pandemia forçou o isolamento, este último reforçou a importância do (saber) habitar, com o corpo e com o olhar, o visível e o invisível.

“... A building is like a soap bubble. is bubble is perfect and harmonious if the breath has been evenly distributed from the inside. e exterior is the result of an interior.”
Le Corbusier, 1927 apud Colin Rowe e Fred Koetter, Collage city (Cambridge, Mass: MIT Press, 1978).

Bio

Raquel Lagoa (Figueira da Foz, 1996), estudante na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (2014 - 2020) com um percurso escolar dividido entre a arte, ciência, literatura e fotografia, a arquitetura surge como a síntese desses mundos. A inquietação é o estado de espírito em permanente confronto com a imprevisibilidade do mundo atual.

 

Margem Sul by Luís Aniceto

 
 

Margem Sul by Luís Aniceto


Margem Sul is about my home town territory on the south bank of the Tagus river, just in front of Lisbon. Unlike the capital city, where its political and economic prominence is also built upon its symbolic space, the territories on the south bank lack this sovereign, historical and self-referential value in their urbanity. Suburbs were the most used adjective that pointed to a sub-value of its patrimonial reference.

It was this set of places, common in their status but differentiated in their morphology, a-historical and outside the spaces of power and desire, with which I felt affinity and attraction. Places where constructions, made at the taste of the times, heterogeneous, dispersed and diversified, generated in the landscape a strange hybridity, in everything far from the aseptic and rational standardization. Spaces in which the anonymous and indifferent buildings reign by the vulgar omnipresence of its facades and where cars, victims of accident and abandonment, pose mute as useless statuary. But also places that, between the pavement, the asphalt and the beaten path, have not yet been or are no longer, that seem suspended, unfinished and therefore renewedly liberating.

Margem Sul is a project developed over the years, in which I decided to concentrate my work in the search for an imaginary landscape. An imaginary, where the dryness of the soil is paired with the roughness of the facades and objects, in which the constant aggression of sunlight reflects the visible wear and tear of time and transformation. It is in this open field, under an endless blue sky where matter is cut into the void, that I roam through the territory and find a suspension of everyday life in which only my presence seems to inhabit.  


Bio
Luís Aniceto is a Portuguese photographer and educator currently working between Italy and Portugal. After working in Lisbon as a photo reporter for daily newspapers, he moved to Italy to join the collective of photographers Cesura, where he also had the opportunity to work with Alex Majoli. He co-founded ZONA Magazine, a photographic publication born from the interest in thinking and observing the territory of his hometown. He taught at the Portuguese Institute of Photography, where he was also responsible for the cultural program.

instagram: @luis__aniceto
www.luisaniceto.pt

 

Resumo da sessão de apresentação da publicação “Contrast: A Fotografia no Ensino Superior”

 

Resumo da sessão de apresentação da publicação Contrast: A Fotografia no Ensino Superior

A FAUP recebeu no passado dia 4 de Março, pelas 18h00, mais uma sessão integrada no programa do ciclo de Conferências e Debates Arquitectura, Arte e Imagem (AAI): a mesa redonda de lançamento e apresentação da publicação “CONTRAST: A Fotografia no Ensino Superior”. O evento contou com a presença de Fátima Vieira, vice-reitora da U. Porto (Cultura, Museus e U.Porto Edições) e a abertura da mesa esteve a cargo de Raquel Paulino, diretora do MIArq - FAUP. A apresentação do livro foi feita por Fátima Pombo, diretora do curso de Design da U. Aveiro e o debate que se seguiu foi moderado por Pedro Leão Neto (FAUP) e Olívia Marques da Silva (uniMAD/ESMAD /IPP), coordenadores editoriais. Este lançamento contou ainda com a presença de grande parte dos editores que representam as 9 instituições de Ensino que integram esta publicação: AR.CO, DARQ, DCAM, ESAP, ESMAD, FAUP, FBAUL, FBAUP e IPT.

O objetivo desta mesa redonda foi debater o papel e a importância do ensino e da prática da fotografia nas escolas superiores portuguesas de arte, de design, de arquitetura e de estudos artísticos, assim como possibilitar um entendimento mais aprofundado sobre o universo do fotográfico. Pretende-se que a CONTRAST possa constituir o mote e um instrumento para refletir sobre diversas estratégias de ensino do fotográfico de forma a perceber não só como esta pode criar pontes entre as várias áreas disciplinares onde a fotografia está presente, mas como também pode ajudar a repensar o real.

Apoio à divulgação: AR.CO, DARQ, DCAM, ESAP, ESMAD, FBAUL, FBAUP, IPT. Fundação Marques da Silva e Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitectos (OASRN).

SCOPIONETWORK
AAI RESEARCH GROUP (CEAU-FAUP)
SOPHIA JOURNAL
AAi2: Arquitectura, Arte, Imagem & Inovação Lab

SOBRE A CONTRAST
A publicação CONTRAST é o resultado de uma parceria estabelecida entre o CCRE/CEAU/FAUP e a ESMAD / uniMAD, e vem dar continuidade e uma nova dimensão à secção com o mesmo nome, que tinha vindo a ser publicada na revista internacional de fotografia scopio Magazine. Um dos seus principais objectivos da CONTRAST é o de reunir um conjunto diversificado de textos de reflexão e análise crítica sobre projectos fotográficos realizados em contexto de ensino e investigação, representativos das principais instituições do ensino superior português ligadas à docência da fotografia e integrando também unidades curriculares em que a fotografia surge no âmbito de outras áreas disciplinares, como por exemplo a Arquitectura, o Design, a Multimédia, os Estudos Artísticos, entre outras

Esta nova publicação, com ISSN próprio, oferece assim um conjunto alargado de textos escritos por professores e investigadores sobre as suas estratégias pedagógicas e discutindo uma seleção de projetos fotográficos desenvolvidos por estudantes da responsabilidade de cada instituição ou unidade curricular. Perante a inexistência de uma publicação com estas caraterísticas, acreditamos que este projecto editorial vem preencher uma importante lacuna no universo do ensino da fotografia em Portugal.  Assim, a CONTRAST pretende contribuir para o desenvolvimento e divulgação da fotografia enquanto área do conhecimento. Acreditamos que esta publicação irá possibilitar uma melhor perceção sobre os diferentes sistemas e objetivos educacionais em torno da fotografia no contexto do ensino superior em Portugal, assim como dos seus resultados. Por todas estas razões, acreditamos que a CONTRAST ajudará a criar sinergias entre diversas escolas de fotografia e a trazer uma maior visibilidade a estas instituições bem como aos projetos dos seus alunos finalistas, divulgando-os a nível nacional e internacional.

A CONTRAST evolui assim enquanto espaço independente, integrando diversos editores ligados ao ensino da fotografia, e nomeadamente nove instituições de ensino:

AR.CO | CENTRO DE ARTE E COMUNICAÇÃO VISUAL – LISBOA
Pedro Tropa

DARQ - DEPARTAMENTO DE ARQUITECTURA - FACULDADE
DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - UNIVERSIDADE DE COIMBRA
José Maças de Carvalho

DCAM - DEPARTAMENTO DE CINEMA E ARTES DOS MEDIA - ESCOLA DE COMUNICAÇÃO, ARQUITETURA, ARTES E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO
- UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS - LISBOA
Virgílio Azevedo

ESAP - ESCOLA SUPERIOR DE ARTES DO PORTO
Eduarda Neves
Maria Covadonga Barreiro
Nuno Faleiro Rodrigues

ESMAD | ESCOLA SUPERIOR DE MEDIA,
ARTES E DESIGN - P.PORTO - VILA DO CONDE

Olívia Marques da Silva
Luís Ribeiro
Cesário Alves

FAUP - FACULDADE DE ARQUITECTURA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Pedro Leão Neto

FBAUL - FACULDADE DE BELAS ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Victor dos Reis
Rogério Taveira

FBAUP FACULDADE DE BELAS ARTES DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Susana Lourenço Marques
José Carneiro

IPT - INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR
António Martiniano Ventura
Alexandre de Magalhães

Para comprar a publicação: link

SCOPIO EDITIONS
AAI COLLECTION
Porto, 2019

216 pages

ISSN 2184-4410
ISBN 978-989-54318-3-0

 

Open Space, Landscape in Reverse by Xavier Delory

 
 

OPEN SPACE, LANDSCAPE IN REVERSE

BY XAVIER DELORY

A renewed dialogue between ruin and landscape.
From a modernist office tower of the Glorious Thirty in a state of transient decay, Open space reverses the "classic" ruin / nature representation that can be observed in Flemish landscape painting from the 17th century. Unlike the "composed veduta" by painters from the north where you can see ruins of ancient Rome surrounded by an Arcadian landscape where nature and culture unite harmoniously, here the landscape no longer welcomes ruin, it makes part of the ruin. The mountainous landscape used, refers to the aesthetics of the sublime, giving a tone of confrontation between man and the forces of nature.
By introducing a landscape “freely” into this brutalist setting, Open space also plays with the relationship with nature, materials and landscapes, especially with the spatial continuity from inside to outside which was at the center of the concerns of the first modernist architects who wanted to put man back at the heart of "Creation" thanks to technique.

Bio
Xavier Delory, born in Liège (Belgium) in 1973, studied interior architecture and photography. His work is on the frontiers of art and architecture, questioning the characteristics of digital photography in its relationship to reality and to the construction of an image. The artist uses digital photomontages to create fictional architectures.

https://www.xavierdelory.com/

 

Raios de Esperança por Diego Duenhas

 
 

Raios de Esperança

POR DIEGO DUENHAS

PT | EN

Após quase 20 dias em quarentena, acompanhando as tristes notícias que ainda não cessaram, comecei a refletir sobre alguns projetos/sonhos de viajar para fotografar que venho sempre adiando. A pergunta mental que martelava: "Será que sobreviverei para fazer essas viagens?", " Será que o mundo do futuro estará aberto para me receber?", "Qual será a extensão e durabilidade dos danos?". Com essa linha de pensamento em mente comecei a pesquisar vídeos de alguns lugares do mundo e senti vontade de fotografá-los ao meu modo. Optei em fazer recortes artísticos utilizando a técnica de longa exposição à partir do olhar mecânico de câmeras estáticas fixadas em veículos em movimento. O resultado está nessa pequena série que intitulei de "Raios de Esperança" fazendo um trocadilho entre os efeitos visuais obtidos e o sentimento que deve reinar na humanidade na triste época em que estamos vivendo.

Bio

Atuo como designer e fotógrafo desde 1999. Trabalho com criação e desenvolvimento para web, projetos de interface focado na experiência do usuário, propaganda em mídias digitais, redes sociais e peças impressas. Alio aos meus projetos de design a minha trajetória em fotografia e audiovisual. Graduei-me no curso superior de Tecnologia em Sistemas para Internet pelo IFSP / S. J. Boa Vista em 2017 e trabalho atualmente como freelancer.


instagram / @dduenhas

 

Rays of Hope by Diego Duenhas

 
 

Rays of Hope

BY DIEGO DUENHAS

PT | EN

After nearly twenty days in quarantine, following the sad news that still haven’t ceased, I began reflecting about some projects/dreams of traveling to photograph that I’ve been continuously postponing. The question that persisted: “Will I survive to make those trips?“, “Will the future world be open to receive me?“, “How extensive and deep are the damages?“. Following this line of thought I began searching videos of some places in the world and I felt the need to photograph them in my own way. I opted to make artistic cuts using the long exposure technique from the standpoint of the mechanical eye of static photographic cameras fixed in moving vehicles. The result is this small series that I’ve titled “Rays of Hope“ in a wordplay between the visual effects obtained and the emotion that all mankind should share in this sad times we are living.

Bio

A designer and photographer since 1999, Diego Duenhas works in web development, UI focused projects, digital media advertising, social media and printed editorial work. He fuses in his design practice his skills in photography and audiovisual media. He graduated in Internet Systems Technology from the IFSP/S.J. in 2017 and he’s currently working as a freelancer.

instagram / @dduenhas